Erika de Souza Vieira Nunes, acusada de vilipêndio de cadáver e fraude, está internada em clínica psiquiátrica e não compareceu ao fórum
12 nov
2024
– 18h29
(atualizado às 22h57)
O julgamento de Erika de Souza Vieira Nunes, acusada de transportar o corpo de seu tio já sem vida até uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, para retirar empréstimo, começou sem a sua presença. A mulher, de 43 anos, tem problemas psiquiátricos e, por isso, não compareceu ao fórum nesta terça-feira, 12. Segundo a defesa, Erika está internada em uma clínica psiquiátrica desde o dia 24 de outubro, após piora de seu quadro clínico.
O caso ganhou notoriedade em abril deste ano, quando Erika foi filmada levando o corpo de seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em uma cadeira de rodas até o banco, onde ela tentou sacar um empréstimo de R$ 17 mil em nome dele. A imagem chocou o País, levando à prisão de Erika e a uma série de investigações sobre sua saúde mental.
Em maio, o Fantástico, da TV Globo, revelou relatórios médicos que indicavam que Erika sofria de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.
Erika foi acusada de vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. Durante uma entrevista após sua prisão, ela relatou que a relação com Paulo Roberto era boa e que ele estava em plenas condições mentais quando pediu para ir ao banco.
Ela afirmou que, durante o trajeto, o tio estava consciente e que ela não percebeu nenhuma fraqueza que impedisse o deslocamento até a agência.
O Ministério Público, no entanto, argumenta que Erika agiu de forma consciente e voluntária, desrespeitando seu tio falecido e cometendo estelionato. A juíza Luciana Mocco aceitou a denúncia, mas revogou a prisão preventiva de Erika, considerando sua condição de saúde mental e a necessidade de cuidar de sua filha menor, que tem necessidades especiais.
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