
Cinco aviões carregados de aparelhos iPhone e outros produtos da Apple foram transportados da Índia com destino aos Estados Unidos em apenas três dias, na última semana de março, em antecipação às “tarifas de reciprocidade” anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, no início de abril. Tipicamente, o mês de março apresenta um fluxo relativamente baixo de envio da mercadoria entre Ásia e EUA, mas a nova política da Casa Branca alterou os planos da Apple.
A jogada da empresa de tecnologia teve como objetivo aumentar os seus estoques nos Estados Unidos e permitir que o iPhone seja vendido no país pelo mesmo preço por mais tempo, independentemente das tarifas, que vão encarecer os custos de produção para os próximos lotes do celular, segundo informações obtidas pelo jornal indiano The Times of India. A Apple está estudando o impacto potencial das tarifas na demanda por seus produtos, em sua margem de lucro e na cadeia de produção.
A Índia, um dos principais produtores de aparelhos da Apple, sofre com uma alíquota de 26% sobre as suas exportações para os EUA imposta por Trump. A situação é mais favorável, contudo, do que a da China, de onde os iPhones sairão pagando uma tarifa de 34% para o governo americano. A imprensa dos país estima que um iPhone 16 Pro custava 580 dólares para ser produzido antes do tarifaço de Trump, e essa cifra pode subir para quase 850 dólares, uma diferença de quase 300 dólares, com a medida protecionista.
A tecnologia do iPhone é desenvolvida pela Apple nos Estados Unidos, mas os seus componentes são fabricados em uma série de países asiáticos. Além de Índia e China, Japão, Coreia do Sul e Taiwam — agora todos pagam tarifas de ao menos 24% graças a Trump — também fazem parte da cadeia de produção.
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