Brasileiros escravizados em Mianmar: “Viemos por um sonho que virou pesadelo”

Os dois brasileiros Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, vítimas de tráfico humano e escravizados em Mianmar se pronunciaram nesta terça-feira (18/2) através das redes sociais do Ministério das Relações Exteriores.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Os jovens agradeceram a ajuda do governo brasileiro e fizeram um alerta para aqueles que sonham em ganhar a vida no exterior. 

“A gente veio pra Ásia com o sonho de um melhor trabalho e melhor salário, mas infelizmente o nosso sonho foi por água abaixo. A gente foi vítima de tráfico humano, chegamos na Tailândia e fomos mandados pro Myanmar e sofremos bastante lá. […] Não acreditem em falsas promessas. Eles realmente atraem com o que seria uma boa oportunidade, mas na verdade é pra escravizar”, disse Luckas. 

Phelipe reforçou o alerta e pediu que as pessoas tenham cuidado ao encarar um novo destino. “Temos muito a agradecer ao governo brasileiro e também dar um alerta pra vocês: Tomem muito cuidado
a gente veio por um sonho pra cá e o esse sonho acabou se tornando um pesadelo”, desabafou o jovem.

Entenda o caso 

Os dois brasileiros Luckas Viana e Phelipe conseguiram fugir no sábado (8/2) de um cativeiro onde estavam presos para trabalhar como pessoas escravizadas em uma fábrica de Mianmar, na Ásia. 

Os dois foram para Tailândia por uma promessa de emprego, mas foram sequestrados e levados até Myawaddy, em Mianmar.

Segundo o Itamaraty, a Embaixada de Bangkok, na Tailândia, está prestando assistência aos brasileiros e vai providenciar a repatriação dos jovens.