O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a necessidade de um “choque fiscal positivo” para combater o aumento da inflação. Ele argumentou que, historicamente, todas as quedas de juros vieram após o anúncio de medidas importantes no cenário fiscal.
“Quando olhamos para o prêmio na ponta longa e aí por diante, achamos que, se quisermos mesmo ser capazes de diminuir os juros e de viver com juros menores, provavelmente precisaremos estar dispostos a sinalizar para o mercado medidas que serão interpretadas como um choque positivo”, disse o chefe do BC nesta segunda-feira (28/10) durante uma reunião com investidores promovida pelo banco Deutsche Bank, em Londres, Inglaterra.
O último Boletim Focus, divulgado neste segunda pelo BC, revisou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 para 4,55%, ficando acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de de 3% — com tolerância de 1,5 pontos percentuais para baixo ou para cima. Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Campos Neto ainda destacou que percebe uma relação entre o tema fiscal e a piora nos prêmios de risco, o que é exemplificado pela queda nas expectativas do mercado após o afrouxamento das metas fiscais a partir de 2025 e sobre as dúvidas relacionadas à transparência nas contas públicas.
“Parece haver um crescimento do prêmio de risco que está mais e mais associado a isso (fiscal), e para haver uma reversão é necessário criar uma percepção de que você fez algo que pode mudar a fotografia estruturalmente. Espero que o plano que será anunciado seja percebido como capaz de fazer isso”, acrescentou.
Nos bastidores do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a adoção de um pacote para garantir que o índice fique dentro da meta prevista. O chefe do Executivo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem ainda hoje no Palácio da Alvorada para discutir sobre um possível corte de gastos no orçamento federal.
Recentemente, Haddad vem defendendo uma aplicação mais rigorosa do arcabouço fiscal em eventos públicos e com investidores.
Serviços
Ainda durante a reunião, Campos Neto ponderou que a inflação deve permanecer acima da meta no Brasil caso não haja uma redução dos preços no setor de serviços. Ele considerou que a inflação chegou a convergir para a meta em 2024, mas parou em algum momento, o que, segundo ele, estaria diretamente relacionado à crise nos serviços em diversos países.
“A inflação de serviços ainda é muito alta em todos os lugares, tanto em mercados emergentes quanto em economias avançadas. É muito difícil pensar que o risco de inflação vai atingir a meta a menos que a inflação de serviços, em algum momento, diminua. E isso não está acontecendo na maioria dos lugares”, comentou.
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a necessidade de um “choque fiscal positivo” para combater o aumento da inflação. Ele argumentou que, historicamente, todas as quedas de juros vieram após o anúncio de medidas importantes no cenário fiscal.
“Quando olhamos para o prêmio na ponta longa e aí por diante, achamos que, se quisermos mesmo ser capazes de diminuir os juros e de viver com juros menores, provavelmente precisaremos estar dispostos a sinalizar para o mercado medidas que serão interpretadas como um choque positivo”, disse o chefe do BC nesta segunda-feira (28/10) durante uma reunião com investidores promovida pelo banco Deutsche Bank, em Londres, Inglaterra.
O último Boletim Focus, divulgado neste segunda pelo BC, revisou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 para 4,55%, ficando acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de de 3% — com tolerância de 1,5 pontos percentuais para baixo ou para cima. Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Campos Neto ainda destacou que percebe uma relação entre o tema fiscal e a piora nos prêmios de risco, o que é exemplificado pela queda nas expectativas do mercado após o afrouxamento das metas fiscais a partir de 2025 e sobre as dúvidas relacionadas à transparência nas contas públicas.
“Parece haver um crescimento do prêmio de risco que está mais e mais associado a isso (fiscal), e para haver uma reversão é necessário criar uma percepção de que você fez algo que pode mudar a fotografia estruturalmente. Espero que o plano que será anunciado seja percebido como capaz de fazer isso”, acrescentou.
Nos bastidores do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a adoção de um pacote para garantir que o índice fique dentro da meta prevista. O chefe do Executivo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem ainda hoje no Palácio da Alvorada para discutir sobre um possível corte de gastos no orçamento federal.
Recentemente, Haddad vem defendendo uma aplicação mais rigorosa do arcabouço fiscal em eventos públicos e com investidores.
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Ainda durante a reunião, Campos Neto ponderou que a inflação deve permanecer acima da meta no Brasil caso não haja uma redução dos preços no setor de serviços. Ele considerou que a inflação chegou a convergir para a meta em 2024, mas parou em algum momento, o que, segundo ele, estaria diretamente relacionado à crise nos serviços em diversos países.
“A inflação de serviços ainda é muito alta em todos os lugares, tanto em mercados emergentes quanto em economias avançadas. É muito difícil pensar que o risco de inflação vai atingir a meta a menos que a inflação de serviços, em algum momento, diminua. E isso não está acontecendo na maioria dos lugares”, comentou.
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“Quando olhamos para o prêmio na ponta longa e aí por diante, achamos que, se quisermos mesmo ser capazes de diminuir os juros e de viver com juros menores, provavelmente precisaremos estar dispostos a sinalizar para o mercado medidas que serão interpretadas como um choque positivo”, disse o chefe do BC nesta segunda-feira (28/10) durante uma reunião com investidores promovida pelo banco Deutsche Bank, em Londres, Inglaterra.
O último Boletim Focus, divulgado neste segunda pelo BC, revisou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 para 4,55%, ficando acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de de 3% — com tolerância de 1,5 pontos percentuais para baixo ou para cima. Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Campos Neto ainda destacou que percebe uma relação entre o tema fiscal e a piora nos prêmios de risco, o que é exemplificado pela queda nas expectativas do mercado após o afrouxamento das metas fiscais a partir de 2025 e sobre as dúvidas relacionadas à transparência nas contas públicas.
“Parece haver um crescimento do prêmio de risco que está mais e mais associado a isso (fiscal), e para haver uma reversão é necessário criar uma percepção de que você fez algo que pode mudar a fotografia estruturalmente. Espero que o plano que será anunciado seja percebido como capaz de fazer isso”, acrescentou.
Nos bastidores do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a adoção de um pacote para garantir que o índice fique dentro da meta prevista. O chefe do Executivo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem ainda hoje no Palácio da Alvorada para discutir sobre um possível corte de gastos no orçamento federal.
Recentemente, Haddad vem defendendo uma aplicação mais rigorosa do arcabouço fiscal em eventos públicos e com investidores.
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Ainda durante a reunião, Campos Neto ponderou que a inflação deve permanecer acima da meta no Brasil caso não haja uma redução dos preços no setor de serviços. Ele considerou que a inflação chegou a convergir para a meta em 2024, mas parou em algum momento, o que, segundo ele, estaria diretamente relacionado à crise nos serviços em diversos países.
“A inflação de serviços ainda é muito alta em todos os lugares, tanto em mercados emergentes quanto em economias avançadas. É muito difícil pensar que o risco de inflação vai atingir a meta a menos que a inflação de serviços, em algum momento, diminua. E isso não está acontecendo na maioria dos lugares”, comentou.
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“Quando olhamos para o prêmio na ponta longa e aí por diante, achamos que, se quisermos mesmo ser capazes de diminuir os juros e de viver com juros menores, provavelmente precisaremos estar dispostos a sinalizar para o mercado medidas que serão interpretadas como um choque positivo”, disse o chefe do BC nesta segunda-feira (28/10) durante uma reunião com investidores promovida pelo banco Deutsche Bank, em Londres, Inglaterra.
O último Boletim Focus, divulgado neste segunda pelo BC, revisou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 para 4,55%, ficando acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de de 3% — com tolerância de 1,5 pontos percentuais para baixo ou para cima. Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Campos Neto ainda destacou que percebe uma relação entre o tema fiscal e a piora nos prêmios de risco, o que é exemplificado pela queda nas expectativas do mercado após o afrouxamento das metas fiscais a partir de 2025 e sobre as dúvidas relacionadas à transparência nas contas públicas.
“Parece haver um crescimento do prêmio de risco que está mais e mais associado a isso (fiscal), e para haver uma reversão é necessário criar uma percepção de que você fez algo que pode mudar a fotografia estruturalmente. Espero que o plano que será anunciado seja percebido como capaz de fazer isso”, acrescentou.
Nos bastidores do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a adoção de um pacote para garantir que o índice fique dentro da meta prevista. O chefe do Executivo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem ainda hoje no Palácio da Alvorada para discutir sobre um possível corte de gastos no orçamento federal.
Recentemente, Haddad vem defendendo uma aplicação mais rigorosa do arcabouço fiscal em eventos públicos e com investidores.
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Ainda durante a reunião, Campos Neto ponderou que a inflação deve permanecer acima da meta no Brasil caso não haja uma redução dos preços no setor de serviços. Ele considerou que a inflação chegou a convergir para a meta em 2024, mas parou em algum momento, o que, segundo ele, estaria diretamente relacionado à crise nos serviços em diversos países.
“A inflação de serviços ainda é muito alta em todos os lugares, tanto em mercados emergentes quanto em economias avançadas. É muito difícil pensar que o risco de inflação vai atingir a meta a menos que a inflação de serviços, em algum momento, diminua. E isso não está acontecendo na maioria dos lugares”, comentou.
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