Pesquisa da consultoria Kynetec aponta que áreas cultivadas com biotecnologias de última geração exigiram mais aplicações de lagarticidas
O levantamento FarmTrak, da Kynetec Brasil, apurou que a forte pressão de lagartas no milho safrinha em 2024 ampliou, em 38%, para 22,5 milhões de hectares, a área da cultura tratada com inseticidas específicos. Este indicador, reforça a consultoria, não registrava crescimento havia pelo menos três safras e, em valor, na moeda americana, saiu de US$ 129 milhões (2021) para atuais US$ 198 milhões, uma alta de 54%.
Conforme a Kynetec, a pesquisa, recém-divulgada, refletiu a necessidade de o produtor aumentar as aplicações de produtos, com objetivo de conter danos advindos de altas populações de lagartas e, também, de mitigar o aumento da resistência dessas pragas a inseticidas químicos e às chamadas biotecnologias de última geração.
Especialistas do setor apontam que o fato de o Brasil contar com condições climáticas para realizar duas ou até três safras em um ano, implica mais desembolsos do produtor para manejo de lagartas. Ao mesmo tempo que empurra para cima o mercado de inseticidas, frente à elevação do número de aplicações de produtos por ciclo, esse cenário acelera também processos de tolerância e resistência das pragas a biotecnologias e a inseticidas químicos.
Para pesquisadores, as chamadas ‘pontes verdes’, ou a ‘oferta de alimentos’ para pragas nas lavouras brasileiras o ano todo, ainda potencializam o aumento contínuo, safra após safra, da pressão de lagartas. No Mapitobapa, por exemplo, os tratamentos com lagarticidas subiram 150% em 2024, de 2,1 milhões de hectares para 5,3 milhões de hectares, segundo a pesquisa da Kynetec Brasil.
Biológicos e baculovírus
Estudos liderados por pesquisadores recomendam ao produtor buscar o manejo mais eficaz de lagartas por meio da integração de inseticidas químicos e biológicos – entre estes os bioinseticidas à base de baculovírus.
“A biotecnologia não tem conseguido garantir o controle total das infestações”, ressalta Pedro Marcellino, diretor de marketing da AgBiTech, empresa líder dos mercados nacional e mundial de bioinseticidas à base de baculovírus.
“Como não há no curto prazo inovações e lançamentos relacionados a biotecnologias ou novas moléculas químicas, teremos de buscar o manejo mais eficiente possível por meio das ferramentas já existentes no país. Aplicados isoladamente, em determinadas estratégias de controle, ou alternados a inseticidas químicos, os biológicos tornaram-se essenciais para o produtor do cereal mitigar danos de lagartas”, continua o executivo.
Uma boa notícia, acrescenta ele, é a de que o produtor aumentou bastante, na última safrinha, a adesão a produtos biológicos para conter às lagartas, conforme recortes da pesquisa FarmTrak, da Kynetec. A própria AgBiTech, de origem australo-americana, há sete safras no Brasil, viu saltar em 53% as vendas de seu bioinseticida à base de baculovírus Cartugen®, um produto de referência no controle da Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho) no milho.
Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA). www.agbitech.com.br
Fonte: Bureau de Ideias Associadas
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