Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em baixa, pressionados pela intensificação das tensões comerciais globais e pela crescente incerteza geopolítica, fatores que têm reduzido o apetite dos investidores por ativos de risco. A China rejeitou as acusações americanas de violação do acordo comercial de Genebra. China:Feriado deixa mercados financeiros fechados.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo negativo. No começo da noite de sexta-feira (30), Trump anunciou planos de dobrar as tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio, para 50%, a partir de quarta-feira (04). Horas antes, o presidente americano acusou a China de ter violado o acordo de trégua comercial fechado entre Washington e Pequim no mês passado, sem fornecer mais detalhes. Em comunicado hoje, a China rebateu a alegação de Trump e acusou os EUA de terem desrespeitado o pacto.
Ontem, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, disse à ABC News esperar que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, tenham uma “conversa maravilhosa” sobre as negociações comerciais nesta semana.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará o discurso de abertura na Conferência do 75º aniversário da Divisão de Finanças Internacionais do Fed. O evento também contará com a presença dos presidentes do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, e de Dallas, Lorie Logan, que participarão de uma sessão de perguntas e respostas.
Os investidores estarão atentos a uma série de indicadores previstos para esta semana, que podem oferecer pistas sobre os impactos das tarifas na economia dos EUA — com destaque para o relatório de folha de pagamento não agrícola de maio, que será divulgado na sexta-feira.
Na Europa, as bolsas operam com perdas, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que dobrará as tarifas sobre o aço importado. Enquanto isso, a Ucrânia realizou uma série de ataques em toda a Rússia, utilizando drones escondidos em caminhões no interior do país para atingir aeroportos estratégicos.
Petróleo: Os preços do petróleo sobem forte após a OPEP+ anunciar que ampliará a produção em julho no mesmo ritmo dos dois meses anteriores, em linha com as expectativas do mercado.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa, após o presidente Donald Trump ameaçar dobrar tarifas sobre o aço e o alumínio e em meio a sinais de tensões nas discussões comerciais entre EUA e China.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Taiex caiu 1,61% em Taiwan ao voltar de um feriado, a 21.002,71 pontos, enquanto o japonês Nikkei recuou 1,30% em Tóquio, a 37.470,67 pontos, e o Hang Seng cedeu 0,57% em Hong Kong, a 23.157,97 pontos. O sul-coreano Kospi ficou praticamente estável em Seul, com alta marginal de 0,05%, a 2.698,97 pontos. Na China continental, não houve negócios devido a um feriado.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 62,81 (+3,32%).
O Brent é negociado a US$ 64,62 (+2,93%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 105.625,14 (+0,49%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.346,84 a onça-troy (+1,09%).
Minério de ferro:
China: Feriado deixa mercados financeiros fechados.
Brasil:
Rebaixamento: A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou de “positiva” para “estável” a perspectiva da nota de crédito do Brasil, mas manteve o de rating em Ba1. Em outubro de 2024, a agência havia elevado a nota do país de Ba2 para Ba1, o que colocou o país a um passo do grau de investimento e bom pagador. No entanto, 2 meses depois da decisão, o país enfrentou um “pânico fiscal”, com economistas criticando a alteração do rating e o dólar batendo a casa dos R$ 6,27.
O principal motivo para o rebaixamento da perspectiva de crédito, segundo a Moody’s, é a deterioração na capacidade de pagamento da dívida, pressionada por alta da inflação e expectativas inflacionárias, o que levou o Banco Central a adotar uma política monetária mais restritiva, segundo a agência. Nos últimos 12 meses contados até abril, o setor público – formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou deficit nominal de R$ 934,4 bilhões, segundo dados do BC (Banco Central). E apenas as empresas estatais tiveram um rombo de R$ 2,69 bilhões no 1º quadrimestre de 2025, o maior resultado da história.
Economia:
✔️ Bandeira vermelha: A partir de sábado, 1º de junho, passa a valer a bandeira vermelha patamar 1 para a tarifa de energia elétrica. Com isso, a conta de luz terá cobrança adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia acionado a bandeira amarela, após quatro meses de bandeira verde, e os consumidores sentiram um aumento de 2% a 3% na fatura. Agora, o impacto na conta chegará a até 8%.
Um aumento na bandeira pode representar uma diferença significativa, especialmente para quem consome muita energia ou para empresas e indústrias. Na prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, o maior impacto no mês veio da energia elétrica residencial. Segundo o IBGE, o preço médio no país registrou alta de 1,68%, influenciada pela mudança na bandeira tarifária.
✔️ Rejeição: rejeição a Lula bate recorde. A avaliação negativa do governo do presidente Lula (PT) alcançou 52,1% em maio e superou, pela primeira vez neste ano, a marca da metade do eleitorado. Os dados são da pesquisa Latam Pulse, feita pelas empresas Atlas e Bloomberg, com 4.399 entrevistados entre os dias 19 e 23 de maio. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Segundo o levantamento, 52,1% dos brasileiros classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”. A rejeição ao governo Lula subiu 4,4 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em abril, quando a taxa era de 47,7%.
✔️ Correios: A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão de todas as operações aéreas dos Correios a partir de 4 de junho. A medida cautelar ocorre após fiscalização realizada entre fevereiro e abril deste ano apontar o descumprimento de medidas determinadas pelo órgão para “identificar e recusar a introdução de artigos perigosos” em cargas enviadas pelo transporte aéreo.
✔️ Estatais: As estatais federais fecharam os quatro primeiros meses de 2025 com um rombo de R$ 2,73 bilhões, segundo o Banco Central. É o pior resultado da série histórica, iniciada em 2002. O número é quase o dobro do registrado no mesmo período de 2024 (R$ 1,68 bi negativos). Só em abril, o déficit foi de R$ 1,42 bi – outro recorde mensal.
Enquanto isso, estatais estaduais tiveram superavit de R$ 573 mi no quadrimestre, e as municipais, deficit de R$ 532 mi. O dado do BC mostra que, sob o ponto de vista fiscal, as estatais estão consumindo recursos públicos, o que pressiona o resultado das contas do governo. Já a divergência com o governo reforça o debate sobre transparência e metodologia na análise da saúde financeira do setor público.
✔️ O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) enviou uma carta ao ministro Alexandre de Moraes (STF), afirmando que as ordens judiciais brasileiras contra a plataforma Rumble – como o bloqueio do jornalista Allan dos Santos – não têm efeito automático nos Estados Unidos. Esse episódio aborda os limites do alcance internacional de decisões judiciais brasileiras, especialmente no embate entre regulação de plataformas e liberdade de expressão. Também aumenta a tensão diplomática entre Brasil e EUA em meio a debates globais sobre jurisdição digital e censura.
✔️ IRB: O IRB (Re) lançou a primeira emissão de Letras de Risco de Seguro (LRS) no país, movimento que marca o início de um mercado inspirado nos “cat bonds” internacionais. Com R$ 33,7 milhões captados, a expectativa agora é pela regulamentação de ofertas públicas para atrair mais investidores e expandir a capacidade do setor.
Fonte: ADVFN
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