Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam no campo positivo. Nos Estados Unidos, a semana foi marcada pelo rebaixamento do rating do país e pela aprovação, na Câmara, do pacote tributário proposto por Donald Trump, que inclui cortes de impostos e aumento de gastos. A medida segue para o Senado e intensifica as preocupações com o elevado déficit fiscal norte-americano.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo positivo, mas estão a caminho de sua pior semana em mais de um mês. Os mercados de títulos refletiram nesta semana a crescente preocupação dos investidores com o aumento da dívida e dos déficits dos EUA, agravada pelo rebaixamento da nota máxima de crédito do país pela Moody’s. A elevação dos rendimentos — especialmente dos papéis de longo prazo — ampliou os temores quanto às perspectivas econômicas, diante de custos de financiamento mais altos e da incerteza provocada por novas tarifas.
Além disso, investidores aguardam dados do setor imobiliário nesta sexta e se preparam para o feriado do Memorial Day, que fechará os mercados na segunda-feira, o mercado de títulos fecha mais cedo hoje, às 15h.
Na Europa, as bolsas operam em alta, com investidores atentos aos dados de confiança do consumidor e vendas no varejo no Reino Unido, além dos indicadores de sentimento na França.
As vendas no varejo do Reino Unido aumentaram em cerca de 1,2% em abril na comparação mensal. O resultado superou o aumento mensal de 0,2% previsto pelos analistas, de acordo com a Reuters.
Petróleo: Os preços do petróleo operam em baixa, pressionados pelo fortalecimento do dólar e pela possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) aumentar ainda mais sua produção de petróleo bruto.
Espanha: O governo espanhol avança em uma proposta que prevê a cobrança de um imposto de 100% sobre a compra de imóveis por não residentes da UE. A medida faz parte de um projeto de lei mais amplo enviado ao Parlamento que visa facilitar o acesso à moradia.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, após Estados Unidos e China concordarem em manter canais de comunicação abertos durante uma ligação entre autoridades de alto escalão. Investidores também avaliam uma série de indicadores econômicos da região.
A inflação do Japão acelerou para 3,5% em abril, segundo dados divulgados pelo governo nesta sexta-feira. O avanço foi impulsionado, em parte, pela alta nos preços do arroz. O resultado ocorre enquanto o Banco Central do Japão avalia uma possível pausa no ciclo de alta de juros, à espera de mais clareza sobre os efeitos das tarifas impostas pelos EUA.
Investidores também acompanham os dados do índice de preços ao produtor (PPI) da Coreia do Sul em abril, além das vendas no varejo da Nova Zelândia no primeiro trimestre.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 60,76 (-0,72%).
O Brent é negociado a US$ 64,01 (-0,68%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 110.889,00 (-0,50%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.327,49 a onça-troy (+0,83%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -1,24%, a 718 iuanes (US$ 99,66).
Brasil:
Impostos: O governo federal decidiu, no fim da noite de quinta-feira (22), revogar o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que havia sido anunciado horas antes para aplicações de fundos de investimento brasileiros no exterior. A medida, que previa uma tributação de 3,5%, foi retirada após repercussão negativa no mercado e avaliação técnica do Ministério da Fazenda. A informação foi divulgada na noite de quinta-feira (22) pela própria pasta, por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter).
Com a revogação, permanece em vigor a isenção de IOF para esse tipo de operação, aliviando as preocupações de investidores e gestores de recursos que temiam prejuízos com a nova alíquota.
Apesar da revogação parcial, o restante do pacote de alterações no IOF continua em vigor a partir desta sexta-feira (23). O objetivo do governo é arrecadar R$ 20,5 bilhões adicionais ainda em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 com o conjunto das novas regras.
Economia:
✔️ Gripe aviária: A granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi confirmado foco de gripe aviária, entrará em período de vazio sanitário a partir desta quinta-feira (22), segundo a Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária.
✔️ inadimplência: número de empresas inadimplentes, bem como de pedidos de recuperação judicial, tiveram aumento em 2025, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados da Serasa Experian.
✔️ Fusões e aquisições: O mercado de fusões e aquisições no Brasil começou 2025 em ritmo acelerado. Entre janeiro e abril, foram registradas 476 operações, o segundo melhor resultado da série histórica da PwC, iniciada em 2008. O número só fica atrás do mesmo período de 2022, quando o país viveu um boom de negócios impulsionado por reestruturações pós-pandemia.
O destaque do quadrimestre foi o setor de tecnologia, mídia e telecomunicações (TMT), com 194 transações — mais de 40% do total. Um exemplo relevante foi a fintech Clara, especializada em gestão de ativos corporativos, que captou US$ 80 milhões em uma rodada liderada por Citi Ventures, Kaszek Ventures e General Catalyst.
O estudo também mostrou o peso dos investidores internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que seguem liderando as aquisições de empresas brasileiras. Só nos primeiros quatro meses de 2025, foram 31 operações com participação americana. Nos últimos cinco anos, investidores dos EUA compraram 539 empresas nacionais, consolidando sua presença no mercado brasileiro.
✔️ A Motiva (ex-CCR) renovou a concessão da BR-163, no Mato Grosso do Sul. A empresa já operava a rodovia desde 2013 e, no novo leilão, foi a única a apresentar uma proposta.
✔️ JBS: a assembleia de acionistas da JBS decide sobre a dupla listagem das ações da companhia. Vale ressaltar que uma contagem inicial dos votos dos acionistas do frigorífico, divulgada na quinta, mostrou que uma pequena maioria se opõe à proposta da empresa de listar suas ações nos Estados Unidos, mas ainda há expectativa de que ocorra a aprovação.
Fonte: ADVFN
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