Amanhã, o ex-governador e o atual terão reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto em Brasília
Presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja deve ingressar no PL do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto para concorrer ao Senado nas eleições gerais do ano que vem, enquanto o governador Eduardo Riedel, também do PSDB, pode ir para o PP da senadora Tereza Cristina para disputar a reeleição.
As informações foram confirmadas ao Correio do Estado por fontes ligadas às duas legendas em Mato Grosso do Sul, explicando que a reunião de amanhã, em Brasília (DF), de Azambuja e Riedel com Bolsonaro, Costa Neto e o senador Rogério Marinho (PL-RN), será para “bater o martelo” a respeito do futuro partidário dos dois já de olho no pleito do ano que vem.
De acordo com informações repassadas à reportagem, durante a conversa de amanhã, Azambuja e Riedel vão explicar que essa divisão de forças entre eles deve favorecer a direita em Mato Grosso do Sul, com o ex-governador comandando o PL e o atual governador somando forças com a ex-ministra da Agricultura e Pecuária no governo do ex-presidente.
Dessa forma, Bolsonaro terá mais chances de eleger um senador, no caso Azambuja, e de contar com o apoio de um governador que caminha para a reeleição em um partido que faz parte do seu arco de alianças.
O Correio do Estado apurou ainda que, dos três deputados federais do PSDB de Mato Grosso do Sul, Beto Pereira deve migrar para o PL e tentar a reeleição, enquanto Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende devem continuar no partido que surgirá da fusão do PSDB com o Podemos.
Porém, só Nogueira deve tentar a reeleição, enquanto Resende buscará a viabilização de uma primeira suplência de senador ou até mesmo sair candidato ao Senado. Com relação ao destino dos seis deputados estaduais do PSDB e os três do PL, essa questão deve ser acertada entre Azambuja e Bolsonaro.
A reportagem também levantou que o ex-governador será o presidente estadual do PL e terá plenos poderes para comandar a legenda em Mato Grosso do Sul, tendo a missão de organizar a sigla nos 79 municípios.
Nesse sentido, também é esperada uma debandada da maioria dos 44 prefeitos eleitos pelo PSDB para o PL e demais siglas da direita, como PP, União Brasil e Republicanos.
Procurado pelo Correio do Estado, o ex-governador voltou a declarar que ainda não definiu nada sobre seu futuro partidário. “Eu e o Riedel ainda não definimos nada por enquanto. Tudo que for dito agora é especulação. A reunião com Bolsonaro é para alinhamento político”, declarou.
RIEDEL
A respeito de Eduardo Riedel, o Correio do Estado obteve a informação de que o governador teria acertado a migração do PSDB para o PP durante o fim de semana em que teve como hóspede a senadora Tereza Cristina em sua fazenda, em Maracaju, no feriado prolongado de 1º de Maio.
Ele tinha o convite do PL, que foi feito antes das eleições municipais do ano passado, quando Bolsonaro acertou o apoio ao candidato do PSDB à Prefeitura de Campo Grande, deputado federal Beto Pereira, e ficou meio que combinada a ida dele e de Azambuja para o partido.
Além disso, Riedel ainda foi assediado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que conseguiu tirar do ninho tucano a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e tinha a pretensão de conseguir fechar a trinca com o governador de Mato Grosso do Sul.
No PP, que formou uma superfederação com o União Brasil, da ex-deputada federal Rose Modesto, o governador terá tempo de rádio e TV, bem como um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o famoso Fundo Eleitoral, de quase R$ 1 bilhão para o pleito do ano que vem.
Sem falar que, no PP, Riedel continuará contando, no seu arco de aliança, com o PL, o PSD e também com o MDB e o Republicanos, que está em vias de oficializar uma federação, fortalecendo ainda mais o nome do governador para a reeleição.
A reportagem também procurou Riedel para ouvir o posicionamento dele e, por meio da sua assessoria de imprensa, o compromisso é esperar a definição de fusão do PSDB com o Podemos. O governador decidiu esperar qual rumo a ser tomado após todo esse desenlace.
“O prazo dado seria o primeiro semestre deste ano, mas, tão logo haja essa definição de fusão e eventual [ou não] posterior participação na federação que será criada entre MDB e Republicanos, Riedel anunciará seu futuro político partidário”, informou a assessoria de imprensa.
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