Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta, com alívio inicial com a trégua nas tensões comerciais começa a dar lugar a novas preocupações sobre os impactos econômicos das tarifas impostas pelo presidente Trump.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo positivo. Na agenda econômica, serão divulgados os dados referentes ao início de construções em abril, além dos preços de importados no mesmo mês, que registraram queda de 0,4%. Também será divulgado o índice de confiança do consumidor referente a maio, com leitura em 53,4.
Embora o acordo temporário entre Estados Unidos e China tenha melhorado o sentimento dos mercados nesta semana, algumas das maiores empresas americanas vêm emitindo alertas sobre o aumento de custos e um cenário macroeconômico incerto. O Walmart, por exemplo, afirmou na quinta-feira que provavelmente elevará os preços de alguns produtos até o fim de maio devido às tarifas.
Os ganhos dos títulos do Tesouro refletiram, em parte, dados econômicos que indicam uma queda inesperada nos preços pagos aos produtores americanos, registrando a maior baixa em cinco anos. Isso sugere que as empresas estão absorvendo parte do impacto do aumento das tarifas. Dados adicionais dos EUA mostraram uma desaceleração no crescimento das vendas no varejo, a produção industrial recuou pela primeira vez em seis meses, a atividade industrial no estado de Nova York voltou a se contrair e a confiança entre construtoras residenciais diminuiu.
Na Europa, as bolsas operam com alta, caminhando para encerrar a quinta semana consecutiva de ganhos, já que o arrefecimento das tensões comerciais globais impulsionou o sentimento dos investidores, enquanto a temporada de lucros corporativos foi melhor do que o esperado.
As taxas de juros do Banco Central Europeu estão “relativamente próximas do nível terminal”, caso a inflação se mantenha dentro da faixa esperada, afirmou Martins Kazaks, membro do Conselho do BCE, em entrevista à CNBC.
Petróleo: Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas, devido às expectativas de que os EUA e o Irã possam em breve chegar a um acordo sobre o programa nuclear de Teerã.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, após dados mostrarem que a economia do Japão encolheu pela primeira vez em um ano em meio a negociações tarifárias com os EUA.
O índice japonês Nikkei ficou estável após um dia de volatilidade, encerrando o pregão em Tóquio em 37.753,72 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 0,46% em Hong Kong, a 23.345,05 pontos, o sul-coreano Kospi teve modesto ganho de 0,21% em Seul, a 2.626,87 pontos, e o Taiex avançou 0,52% em Taiwan, a 21.843,69 pontos.
O Produto Interno Bruto (PIB) japonês recuou 0,2% entre janeiro e março em relação aos três meses anteriores, sofrendo a primeira contração em um ano. Em base anualizada, a queda no período foi de 0,7%. A má notícia veio em um momento em que Japão e EUA mostram dificuldades em concluir um acordo comercial.
Para a Capital Economics, a fraqueza da economia pode levar o Banco do Japão (BoJ) a demorar mais para voltar a elevar seu juro básico, que está em 0,5% desde janeiro.
Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,40%, a 3.367,46 pontos, em seu segundo pregão negativo, enquanto o Shenzhen Composto avançou 0,18%, a 1.986,50 pontos, enquanto investidores aguardam dados locais sobre produção industrial e vendas no varejo, a ser divulgados na noite de domingo (18).
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 61,57 (-0,08%).
O Brent é negociado a US$ 64,47 (-0,09%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 103.298,51 (+0,22%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.203,21 a onça-troy (-1,11%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,95%, a 728 iuanes (US$ 101,01).
Brasil:
Imposto de Renda: O período de declaração do imposto de renda 2025 entra na reta final. Os contribuintes devem prestar contas para a Receita Federal até as 23 horas e 59 minutos do dia 30 de maio, uma sexta-feira, portanto, faltam 15 dias para finalizar o prazo.
⚠️Risco Fiscal: O dólar avançou diante do real na quinta-feira, com a piora na percepção do risco fiscal durante a tarde, em meio aos rumores de que o governo estaria preparando um pacote de gastos sociais para tentar recuperar a popularidade do presidente Lula, afetada pelas fraudes no INSS e pela polêmica sobre a fiscalização do Pix.
Economia:
✔️⚠️Banco do Brasil (BBAS3): O Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 7,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1TRI25), queda de 20,7% frente o mesmo período do ano passado, quando havia atingido R$ 9,3 bi. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) foi de 16,7%, segundo balanço divulgado na quinta-feira (15).
Dividendos: O Banco do Brasil anunciou na quinta-feira (15), junto com os resultados, ter aprovado a distribuição de cerca de R$ 1,91 bilhão a título de remuneração aos acionistas sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP) relativos ao primeiro trimestre de 2025. O valor corresponde a de R$ 0,33425840109 por ação. Os valores serão pagos em 12 de junho de 2025, tendo como base a posição acionária de 02 de junho de 2025, sendo as ações negociadas “ex” (sem direito ao provento) a partir de 03 de junho.
✔️⚠️ Marfrig e BRF anunciam fusão de operações: A Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) anunciaram na quinta-feira (15) a fusão de seus negócios, com a Marfrig propondo a incorporação da totalidade das ações de emissão da BRF não detidas pela companhia, de acordo com fato relevante. A nova companhia se chamará MBRF e será detentora de todas as marcas, sendo a composição de Marfrig, BRF e National BEEF.
✔️ Berkshire Hathaway: do “Oráculo de Omaha” Warren Buffett, fez diversas mudanças de participação acionária, conforme anúncio da quinta-feira (15) e que já impacta algumas ações no pós-mercado em Wall Street.
Em bancos, a Berkshire se desfez de sua participação acionária no Citigroup e no Nubank, enquanto reduziu sua grande participação no Bank of America. Por outro lado, aumentou seu investimento na produtora e comerciante americana de cerveja, vinho e destilados Constellation Brands, de acordo com um relatório 13-F enviado à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA. A Berkshire se desfez totalmente de seu investimento na Nu Holdings, que opera o banco digital Nubank, ao vender 40 milhões de ações no primeiro trimestre.
✔️ ⚠️ Gripe aviária: O Brasil registrou seu primeiro foco de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um granja comercial, informou o Ministério da Agricultura em nota oficial divulgada nesta sexta-feira, 16. O caso foi confirmado ontem em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) de aves comerciais em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, segundo a pasta. “Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa”, disse a pasta.
Na nota, o ministério esclareceu que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, informou o ministério.
✔️ Orçamento: Com o prazo se aproximando para o primeiro contingenciamento do Orçamento de 2025, a equipe econômica já projeta um congelamento de até 20 bilhões de reais em despesas. A medida será anunciada no dia 22 de maio, junto com o relatório bimestral de avaliação de receitas e gastos enviado ao Congresso.
✔️Previdência privada: O setor de previdência privada aberta começou 2025 sob pressão. No primeiro trimestre do ano, os aportes somaram 44,9 bilhões de reais, queda de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Fenaprevi, a federação que representa o setor.
Enquanto os investimentos recuaram, os resgates seguiram em alta. Foram retirados 39,1 bilhões de reais, um crescimento de 24,2% na comparação anual. A Fenaprevi aponta que a elevação dos saques acompanha o clima de incerteza econômica que se intensificou desde o fim de 2024.
A combinação entre menos entradas e mais retiradas derrubou a captação líquida do setor, que fechou o trimestre em 5,7 bilhões de reais — uma retração de 63,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Mesmo com a desaceleração, os ativos sob gestão do segmento atingiram 1,6 trilhão de reais até o fim de março, valor equivalente a 13,5% do Produto Interno Bruto brasileiro.
O plano VGBL continua sendo o mais procurado, responsável por 92,5% da arrecadação no trimestre. O PGBL representou 6%, enquanto os planos tradicionais responderam por apenas 1,5%.
Entre os 13,6 milhões de planos ativos no país, o VGBL lidera com 62% do total, seguido pelo PGBL com 23% e pelos tradicionais com 15%. O número de pessoas com algum tipo de previdência privada aberta chegou a 11,2 milhões, o que representa cerca de 7% da população brasileira adulta.
Desse total, 9 milhões mantêm planos individuais e 2,3 milhões participam de planos coletivos. A grande maioria ainda está acumulando recursos: 99,4% dos participantes seguem nessa fase, enquanto apenas 0,6% já começou a receber os benefícios contratados. O dado mostra que, apesar da queda recente, o setor continua com alto potencial de crescimento no longo prazo.
Fonte: ADVFN
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