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O deputado Delegado Caveira (PL-PA), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, virou alvo de uma representação na Câmara dos Deputados após entrar com um fuzil nas dependências da casa, na última sexta-feira (3). Apesar do absurdo e de ter violado o Regimento da Câmara, o parlamentar está comemorando a repercussão do caso. “O homem tá ESTOURADO [sic].Nacionalmente. Doa a quem doer!”, postou nas redes sociais.
O parlamentar é um típico bolsonarista, é um ferrenho defensor de armas e antipetista. Publica conteúdos de ataque ao presidente Lula e muita desinformação, por exemplo, numa de suas publicações diz que a Débora foi condenada a 14 anos por ter escrito “perdeu mané” com um batom, quando na verdade ela foi condenada por cinco crimes.
Apesar de ser conhecido por Delegado Caveira, seu nome é Lenildo Mendes dos Santos Sertão. Ele escolheu seu nome de parlamentar influenciado por uma história em quadrinho (HQ). Trata-se de uma referência a um personagem de HQs da Marvel Comics, mais especificamente das histórias do personagem Punisher – conhecido por combater o crime de forma bem violenta.
Nascido em 27 de abril de 1979 em Rio Verde, em Goiás, iniciou sua carreira como soldado no Exército Brasileiro e, depois, na Polícia Militar do estado (PMGO). Foi só em 2011 que começou sua atuação no Pará, na Polícia Civil.
Carreira política
Eleito em 2022, se tornou deputado federal pelo Partido Liberal (PL), com 106.349 votos. É conhecido por atuar muito em propostas que se correlacionam com temas como segurança pública e combate ao crime organizado, como o Projeto de Lei (PL) de nº 2435/24, autoriza o delegado de polícia a apresentar diretamente ao Poder Judiciário medida cautelar, protetiva de urgência e recursos relacionados à investigação sob sua responsabilidade.
Antes, Lenildo, ou Delegado Caveira, atuou primeiro na política como vereador de São Félix do Xingu (PA) em 2016, tendo atuado pelo Partido Social Cristão (PSC). Em 2018, virou deputado estadual do Partido Progressistas (PP).
Controvérsias e histórico
Delegado Caveira possui um histórico de controvérsias no mundo jurídico e político, tendo sido denunciado por improbidade administrativa ao receber salários como vereador e delegado ao mesmo tempo, em 2019.
Ele também tem acusações de fraude eleitoral durante as eleições de 2022, tendo se autodeclarado pardo – situação na qual acarretou questionamentos de abuso de poder e ações judiciais que pedem sua cassação.
Entenda o caso do deputado que entrou na Câmara com um fuzil
O parlamentar entrou nas dependências do Congresso Nacional portando um fuzil de calibre 5.56 mm e uma pistola calibre .40.
Em representação, o deputado Rogério Correia (PT-MG) solicita medidas urgentes, incluindo busca e apreensão das armas em poder do parlamentar. Segundo a denúncia, o armamento foi exibido de forma ostensiva dentro do gabinete de Delegado Caveira, sem qualquer autorização prévia da Polícia Legislativa, conforme prevê o Ato da Mesa nº 103/2019.
A presença de armas de uso restrito nas dependências do Congresso Nacional sem o devido acautelamento viola o Regimento Interno da Câmara, além de representar risco à segurança institucional, argumenta Correia.
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