Em oito anos, os descontos de mensalidade associativa, de acordo com levantamento feito pelo Dataprev, cresceram mais de 384%. Em 2016, eram de R$ 413 milhões em descontos e, em 2024, alcançou a cifra de R$ 2 bilhões. Em audiência realizada na tarde desta terça-feira (29/4) na Câmara dos Deputados, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que a auditoria ocorreu “porque foi um pedido meu”.
Em relatório, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que “mesmo conhecendo essa situação, a existência de denúncias recorrentes acerca da realização de descontos associativos não autorizados pelos beneficiários, e a falta de capacidade operacional necessária para acompanhamento dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT), o INSS não implementou controles suficientes para mitigar os riscos de descontos indevidos”.
Na semana passada, a CGU e a Polícia Federal (PF) deflagraram a Operação Sem Desconto, que encontrou um rombo de R$ 6 bilhões em cobrança indevida de mensalidades feitas por entidades — como sindicatos, por exemplo — sem o consentimento de aposentados e pensionistas do INSS. No mesmo período, o número de entidades que realizaram os descontos dobrou: eram 15 em 2016 e 33 em 2024.
Desde o início da Operação, foram afastados o presidente, diretor, dois coordenadores gerais e o chefe da Procuradoria-Geral do INSS, além de um policial federal.
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