De olho na expansão do mercado 5G no Brasil, a Samsung lançou oficialmente, em Brasília, um smartphone de quinta geração mais barato que média de mercado. O evento contou com a presença do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, que falou sobre as ações para combater o comério ilegal de smartphones no país.
Além de ser mais barato, o AO6 5G proporcionará ao usuário uma navegação até 20 vezes mais rápida, que os modelos 4G que custam entre R$ 1,226 e R$ 901. O preço de saída sugerido pela fabricante é de R$ 1.099, mas por meio de acordos com as operadoras, o aparelho chegará ao mercado por R$ 899.
Gustavo Assunção, VP Sênior da Samsung Brasil explicou que as vendas de aparelhos 4G ainda são relevantes no mercado nacional e um entrave para a migração é a renda da população. “Queremos avançar na agenda de ampliação do 5G no Brasil. Estamos fazendo parcerias com as operadoras que têm interesse em acelerar essa migração”, afirmou o executivo.
Desafios de infraestrutura
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF), a tecnologia 5G está disponível para todos os 5.570 municípios brasileiros desde dezembro do ano passado, quando foi concluída a liberação da faixa de 3,5 GHz.
No entanto, isso não significa que redes do 5G estão instaladas em todas elas. As estações de quinta geração vão ser disponibilizadas gradualmente, de acordo com o planejamento de cada prestadora do serviço.
Segundo dados apresentados pelo executivo da Samsung, nesta quinta-feira (10/4), em Brasília, em março deste ano, a cobertura 5G no Brasil está presente em 1.225 cidades. Há dois anos, eram apenas 316 municípios. O Edital do 5G, estabelece compromissos para que todas as cidades do país tenham sinal 5G até o fim de 2029.
Concorrência desleal
Carlos Baigorri, presidente da Anatel, afirmou que um dos desafios para o país é combater a concorrência desleal de smartphones. Segundo ele, em 2024, 25% dos aparelhos vendidos no Brasil não eram certificados pela Anatel. Com um trabalho em conjunto com os fabricantes, ações administrativas da agência e do Poder Judiciário, esse percentual caiu para 13% este ano.
“ O mercado brasileiro é aberto e todos são bem-vindos. Mas para atuar aqui, é preciso respeitar a legislação brasileira. Hoje temos uma dificuldade com as plataformas de marketing place. Ao serem questionadas sobre a venda de produtos sem autorização no Brasil, elas usam o artigo 19 do Marco Regulatório da Internet para se isentar da responsabilidade. E isso precisa mudar”, defendeu Baigorri.
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