Além da falta de compressores que impossibilita a realização de procedimentos em diversas unidades de saúde, nos consultórios odontológicos da rede pública de Campo Grande, dentistas também estão sem papel para embalar os materiais utilizados na esterilização, conforme denúncia de uma servidora.
As dificuldades nas USFs (Unidades de Saúde da Família) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) vão além das reclamações dos pacientes que não conseguem atendimento.
Desde o ano passado, a falta de compressores tem afetado o atendimento odontológico em várias dessas unidades, mas segundo uma servidora da área da odontologia que preferiu não ser identificada, o problema se estende por trás das portas.
“A revisão devia ser feita em todas as unidades de saúde que estão com poucas condições de atender nossos pacientes que precisam. São mais de 20 compressores com defeito e estamos com falta também de papel para embalar os materiais para esterilizar”, conta. “Triste realidade de quem quer atender bem, mas infelizmente não tem boas condições de serviço”, acrescenta.
A denúncia feita pela servidora ao TopMídiaNews se deu após reclamação de uma mãe que desde dezembro tenta atendimento de dentista ao filho de 7 anos, mas não consegue devido a um problema no compressor.
Arthur Uriel Ferreira Maciel, de 7 anos, precisa fazer canal e arrancar um dente, mas não consegue atendimento pelo SUS há 4 meses.
Segundo a mãe do garoto, Katriany Silva Ferreira, 29 anos, o filho tem fortes dores já que o dente está comprometido, afetando a raiz e causando inchaço.
Katriany procurou a USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Macaúbas ainda no ano passado, mas foi informada que o filho não poderia ser atendido pela dentista por falta do compressor.
A mãe foi orientada a buscar outras unidades de saúde e até mesmo UPA (Unidade de Pronto Atendimento) devido à dor e emergência.
“Fui com ele na UPA Coronel Antonino, lotada, demoramos horas para conseguir o atendimento e ser informada que na unidade também estava sem o compressor”, desabafa.
De acordo com a mãe, devido os meses se passarem e não conseguir atendimento na rede pública, a situação do dente foi piorando a ponto dele precisar passar dois meses tomando antibiótico.
“É uma tristeza ver meu filho assim, sem poder ser atendido”, desabafa.
Na ocasião a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi procurada e confirmou o problema dos compressores, esclarecendo que possui em andamento processo de contratação emergencial de empresa para manutenção corretiva desses equipamentos.
A reportagem procurou novamente a secretaria para falar desta vez a respeito dos papéis para esterilizar os materiais e aguarda retorno sobre o caso.
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