O dólar operava em alta nesta quarta-feira (26/2), em um dia marcado pelo anúncio de novos dados de emprego no Brasil e pela divulgação de balanços de empresas de grande peso no mercado, como a Petrobras.
O que aconteceu
- Às 12h45, o dólar subia 0,62%, a R$ 5,791.
- Mais cedo, às 11h12, a moeda norte-americana avançava 0,53% e era negociada a R$ 5,786.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,80. A mínima foi de R$ 5,735.
- No dia anterior, o dólar encerrou a sessão praticamente estável, com um leve recuo de 0,01%, cotado a R$ 5,75.
- Com o resultado, a moeda acumula alta de 0,42% na semana e baixa de 1,41% no mês e de 6,88% no ano.
Caged
No cenário doméstico, o principal destaque desta quarta-feira foi o anúncio dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em janeiro deste ano, segundo a pasta, o Brasil criou 137,3 mil vagas formais de emprego, em resultado que superou as expectativas do mercado.
A projeção média do mercado apontava que o saldo final de vagas em janeiro deste ano seria positivo em cerca de 48 mil. O número representa o saldo entre vagas de trabalho abertas e fechadas em todo o país.
Na última segunda-feira (24/2), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já antecipava que o Caged mostraria a criação de mais de 100 mil empregos no país em janeiro. “Começando o ano gerando emprego de qualidade. E vamos repetir o ano inteiro”, afirmou o ministro, em cerimônia ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Rio Grande do Sul.
Petrobras e Nvidia divulgam balanços
Ainda no âmbito nacional, os investidores acompanham atentamente novos resultados da temporada de balanços das empresas.
O principal destaque desta quarta é a Petrobras, que deve anunciar, após o fechamento do mercado, os números da companhia referentes ao último trimestre do ano passado.
No exterior, as atenções estão concentradas na divulgação do balanço da Nvidia, também previsto para esta quarta-feira.
“Prévia” da inflação segue repercutindo
Nesta quarta-feira, os investidores continuam repercutindo dados preliminares de inflação no Brasil.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado de fevereiro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (o IPCA-15, considerado a “prévia” da inflação oficial do país).
Em fevereiro, o IPCA-15 ficou em 1,23% e em 4,96%, no acumulado de 12 meses – acima do limite do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pelo Banco Central (BC).
De acordo com o CMN, a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Segundo a edição mais recente do Relatório Focus, do BC, divulgada na última segunda-feira (24/2), o mercado financeiro projeta que a inflação no Brasil em 2025 fique em 5,65% na comparação anual – acima da meta, portanto.
O resultado do IPCA-15 veio abaixo das projeções do mercado, que eram de 1,34% (mensal) e 5,09% (anual), mas bem acima do mês passado. Em janeiro, a prévia da inflação foi de 0,11% (mensal) e 4,5% (anual).
Guerra entre Rússia e Ucrânia no radar
No cenário externo, os investidores seguem acompanhando os desdobramentos das negociações por um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura 3 anos.
As atenções dos investidores nos últimos dias estão voltadas à participação do presidente dos EUA, Donald Trump, nas conversas por um possível acordo de paz.
Trump declarou não ver problemas no envio de uma força de paz europeia ao território ucraniano. A medida foi anunciada na segunda-feira, em meio a uma nova estratégia para garantir estabilidade na região, com foco em assegurar a paz e evitar novas escaladas do conflito.
A decisão ocorre após semanas de negociações, com os aliados europeus buscando uma maneira de auxiliar na implementação de trégua e garantir que o cessar-fogo seja cumprido.
Trump afirmou que conversou, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e declarou que “Putin aceitará” a permanência de tropas em território ucraniano.
As declarações do norte-americano foram dadas na companhia do presidente da França, Emmanuel Macron, que compareceu a uma reunião na Casa Branca.
No último domingo (23/2), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se mostrou disposto a deixar o governo ucraniano em troca do fim da guerra na Ucrânia. Trump disse que pretende encontrar Zelensky em breve para assinar o acordo.
Ainda na segunda-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução proposta pelos EUA que pede um “fim rápido” para a guerra.
O texto foi aprovado com o voto conjunto de norte-americanos e russos e sem que a França e o Reino Unido utilizassem seu poder de veto como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Ibovespa
Depois de abrir o pregão em alta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em baixa no início da tarde.
Às 12h50, o indicador recuava 0,5%, aos 125,3 mil pontos.
No dia anterior, o Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,46%, aos 125,9 mil pontos.
Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula perdas de 0,9% na semana e de 0,12% no mês, e ganhos de 4,74% no ano.
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