O estoque da dívida pública federal registrou queda de 0,87% no último mês de janeiro, em termos nominais, passando de R$ 7,31 trilhões, em dezembro, para R$ 7,25 trilhões, no mês seguinte. Diante disso, a queda nominal da dívida nesse período foi de R$ 63,39 bilhões. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (26/2) pelo Tesouro Nacional, durante a apresentação do Relatório Mensal da Dívida (RMD).
Segundo o Tesouro, os sinais mais amenos na guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causaram impacto positivo nos mercados emergentes em janeiro, além da queda do nível da curva de juros local, que corrigiu parte da forte alta registrada em dezembro e acompanhou o movimento do dólar. A moeda norte-americana desvalorizou 5,54% no período, o que representa a maior queda mensal desde junho de 2023.
No primeiro mês do ano, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) teve queda de 0,23% em seu estoque, recuando de R$ 6,96 trilhões para R$ 6,95 trilhões. O recuo desse indicador se deve principalmente ao resgate líquido, no valor de R$ 79,97 bilhões, que foi neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 63,97 bilhões.
Já o estoque da dívida pública federal externa (DPFe) — que representa a parte da dívida pública do país que está em moeda estrangeira — registrou variação negativa de 13,57% em relação ao mês anterior. Diante disso, a DPFe encerrou o mês de janeiro em R$ 301,81 bilhões, ou US$ 51,77 bilhões, sendo R$ 249,21 bilhões referentes à dívida mobiliária e R$ 52,59 bilhões relativos à dívida contratual.
Já no mês de fevereiro, o Tesouro avalia que a postergação na implementação de tarifas por Trump aumenta o apetite por risco entre os investidores, o que, em tese, favorece os mercados emergentes, como o Brasil. Ainda segundo a secretaria, a curva de juros perde nível e inclinação em função de expectativas de diminuição no ritmo de elevação da taxa básica de juros, a Selic.
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