O resultado do produto interno bruto (PIB) é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o resultado de 2024 deve sair só no próximo mês de março. No entanto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a economia do país cresceu 3,5% no último ano, em relação a 2023. Os dados foram publicados nesta segunda-feira (17/2), no Monitor do PIB.
Segundo o relatório, todos os componentes da economia tiveram crescimento em 2024, com exceção à agropecuária. Setores como indústria, serviços e consumo das famílias registraram um resultado melhor no período do que nos 12 meses anteriores. Na avaliação da coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, desde o início do ano houve um crescimento disseminado da economia em diversas atividades.
“O crescimento de 3,5% do PIB em 2024, embora seja semelhante ao de 2023 (3,2%), conta uma história diferente. Em 2023, o resultado foi bastante influenciado pela agropecuária e pelas exportações. Em 2024, desde o início do ano, notou-se um crescimento mais disseminado entre as diversas atividades econômicas, além dos retorno do crescimento dos investimentos”, avalia Trece.
No entanto, para 2025, a coordenadora do Monitor do PIB ressalta que o desafio deve ser maior, devido aos altos riscos tanto no cenário interno quanto no externo. “Pelo lado interno, os juros elevados, com efeitos negativos na atividade econômica, atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações”, avalia.
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Em dezembro, o crescimento da economia foi de 0,3% na comparação com o mês anterior e descontados os efeitos sazonais. Em relação a dezembro de 2023, a taxa mensal variou positivamente em 3,1%. Já na comparação trimestral, o último trimestre do ano registrou avanço de 4% ante o mesmo período do ano anterior.
Vale ressaltar que o Monitor do PIB e a “Prévia do PIB” (Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil, o IBC-Br) são índices diferentes. Enquanto o primeiro é medido pela FGV, o segundo é publicado pelo Banco Central. Nesta segunda-feira, o IBC-Br apontou um crescimento mais forte da economia em 2024, em 3,8%.
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