As tecnologias para aumentar a produção agrícola no Brasil apresentaram um crescimento significativo nos últimos anos. Marcelo Ayres, pesquisador da Embrapa Cerrados, comentou sobre uma dessas inovações, o método de cobertura de solo, nesta sexta-feira (14/2) no programa CB.Agro, uma parceria do Correio com a TV Brasília.
Em conversa com os jornalistas Adriana Bernardes e Roberto Fonseca, Ayres explicou como funciona a técnica de cobertura, que utiliza outras plantas para proteger o solo para a colheita principal, principalmente em safras de grande volume.
“O produtor planta essa cobertura após a colheita da safra principal e essas plantas vão ficar no solo durante um período. Aqui, no Cerrado, essa cobertura fica principalmente no período seco. É uma prática muito comum, principalmente por conta do sistema de plantio que temos no Brasil, o sistema de plantio direto na palha”, destacou.
Confira a entrevista na íntegra
O método resulta em fixação de carbono, ciclagem de nutrientes, proteção, evitar erosão, diminuir a temperatura do solo, além de controlar pragas.
“Essa cobertura, ao final do ciclo, quando a planta já cresceu e se desenvolveu, vai servir de proteção do solo, adubo para a cultura principal que será produzida. Hoje, alguns especialistas estão discutindo até mudar a terminologia. Em vez de chamar de planta de cobertura, chamar de planta de serviço, já que elas podem oferecer diversos diversos serviços para os sistemas agrícolas”, comentou.
Marcelo frisou ainda que as plantas de cobertura podem ser usadas para tratar alguns dos inúmeros problemas que o produtor pode ter com o solo. “O produtor precisa encontrar a melhor planta para tratar de um problema específico”, apontou o especialista.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
“Se um produtor está com uma praga no solo, uma nematóide, ele deve procurar plantas que ajudem a combater e reduzir essas populações, como as plantas crotalárias, estilosantes, braquiárias, que podem auxiliar nesse sentido”, disse. “O fato é que temos, hoje, uma ampla gama de espécies e até cultivares que podem ser utilizadas por diversos fins”, emendou.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
Discover more from FATONEWS
Subscribe to get the latest posts sent to your email.