“É com profunda tristeza que anunciamos o falecimento da cantora, compositora e atriz Marianne Faithfull. Morreu hoje, tranquilamente, em Londres, na companhia da família. Sentiremos muita saudade”, informou o porta-voz.
Faithfull encarnou o rock’n’roll do ‘Swinging London’ à cena punk nova-iorquina em uma longa trajetória, marcada por altos e baixos. A voz, fina e clara em ‘As tears go by’ (1964), capaz de assumir um tom mais grave em ‘Broken english’ (1979), era reconhecida sobretudo pelos nostálgicos do rock melancólico e literário.
Nascida em 29 de dezembro de 1946, em Londres, filha de pai espião e mãe austro-húngara descendente do barão von Sacher Masoch, Faithfull sobreviveu a overdoses de drogas, a tentativas de suicídio, às ruas, ao álcool, ao câncer e inclusive ao coronavírus, que a obrigou a permanecer hospitalizada por três semanas em Londres.
Sempre associada a Mick Jagger, com quem compartilhou a vida e aventuras no fim dos anos 1960, esta britânica apaixonada foi cortejada por todo o jet set na juventude. Aos 68 anos, chegou a posar para uma campanha publicitária de Yves Saint Laurent.
Em 1963, o produtor dos Rolling Stones a conheceu em um bar onde cantava baladas. “Conheci um anjo e a contratei”, lembrou Andrew Oldham. A então loira tímida de 17 anos gravou a primeira canção de Keith Richards e Mick Jagger. Com ‘As tears go by’, a jovem cantora entrou no top 10 britânico.
Ela teve outros singles de destaque como ‘Come and Stay with Me’, ‘Summer Nights’ e ‘This Little Bird’. Além disso, foi protagonista de filmes como ‘A Garota da Motocicleta’ (1968). Nos anos 2000, fez parte do elenco de ‘Maria Antonieta’ e ‘Irina Palm’.
O último disco de estúdio de Marianne foi ‘She Walks in Beauty’, de 2021, com repertório voltado para o spoken word, homenageando poetas como John Keats e Lord Byron. Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, publicou em rede social homenagem à antiga companheira de palcos.
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