Principais práticas de manejo incluem o uso das tabelas de alturas das pastagens, correções e adubações periódicas e o controle de plantas daninhas com herbicidas
No cenário da pecuária brasileira, o manejo adequado das pastagens é fundamental para garantir o crescimento saudável dos animais, independentemente de sua categoria de desenvolvimento. O tipo de pastagem, o controle de lotação e o uso de técnicas adequadas de manejo são determinantes para o sucesso econômico e a sustentabilidade das fazendas.
De acordo com a Embrapa, 95% da carne bovina brasileira é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares, tornando o produto mais competitivo, com menor custo de produção e sem concorrer com a alimentação humana. Além disso, com uma produção pecuária com base em pastagens, há uma menor pegada de carbono nas fazendas, pois essas pastagens sequestram carbono, compensando as emissões de metano pelos bovinos ali produzidos.
“As pastagens são o principal alimento para bovinos nos sistemas de produção do Brasil, e o manejo adequado delas é crucial para a pecuária nacional. Um bom manejo garante maior eficiência no ganho de peso e na lotação das áreas, impactando positivamente os resultados financeiros das fazendas. É essencial que os pecuaristas manejem suas pastagens de maneira eficiente, respeitando os momentos de entrada e saída, promovendo o ganho de peso e preservando a integridade do pasto. O uso correto de herbicidas também evita a competição com plantas daninhas, permitindo que as forrageiras prevaleçam”, comenta Guilherme Foresti Caldeira, diretor de Categorias da Axia Agro, maior distribuidora e revendedora de insumos agropecuários do Brasil.
Dentre as principais atividades pecuárias no país estão as fazendas de cria para produção de bezerros desmamados, fazendas de recria, fazendas de engorda e fazendas de recria e engorda. Cada uma destas categorias de desenvolvimento animal apresenta necessidades alimentares distintas, influenciadas pelo tipo de pastejo e manejo das pastagens.
“Para garantir um adequado desenvolvimento animal, é fundamental respeitar as alturas de entrada e saída das pastagens, assegurando o fornecimento ideal de nutrientes aos animais e preservando a saúde das pastagens. O controle da lotação por área é essencial para todas as categorias, a fim de evitar tanto o superpastejo quanto o subpastejo, prevenindo o desperdício ou o empobrecimento dos pastos. Na maioria das vezes, uma boa suplementação mineral e/ou proteico-energética também se faz necessária para promover um desenvolvimento animal satisfatório”, explica o especialista.
Tipos de fazendas e práticas de manejo
Nas fazendas de cria, que mantêm um rebanho de vacas em reprodução, o manejo envolve pastos com grandes dimensões. Os lotes permanecem de uma a duas semanas em cada área, sendo depois transferidos para pastos adjacentes, com alternância entre três ou quatro áreas.
Nas fazendas de recria, onde os bezerros são adquiridos e criados até atingirem o peso adequado para engorda, o manejo das pastagens é geralmente mais intensivo, com o uso de pastos rotacionados e suplementação proteico-energética para maximizar o ganho de peso. Em algumas propriedades, adota-se a Recria Intensiva a Pasto (RIP), com suplementação de 1 a 2% do peso vivo por animal por dia, acelerando o ganho de peso.
Já nas fazendas de engorda, onde são adquiridos animais mais desenvolvidos para a terminação, o manejo pode ser feito com pastagens rotacionadas ou pastejo convencional, frequentemente acompanhado de suplementação adequada para otimizar o desenvolvimento animal. Em algumas propriedades, adota-se a Terminação Intensiva a Pasto (TIP), com suplementação de 2 a 3% do peso vivo por animal por dia, visando um ganho de peso adequado.
Por fim, nas fazendas de recria e engorda, onde se adquirem animais na desmama para a condução para o abate, adota-se o manejo de pastagens rotacionadas com suplementação, visando otimizar o ganho de peso e reduzir o tempo de permanência dos animais no sistema.
A Embrapa disponibiliza recomendações específicas para as alturas de entrada e saída das pastagens, essenciais para otimizar o manejo e garantir a saúde tanto dos animais quanto das áreas de pastagem, conforme as tabelas abaixo.
Fonte: Embrapa – 135 Comunicado Técnico ISSN 1983-9731 Campo Grande, MS Fevereiro, 2017
“As principais práticas de manejo estão no uso das tabelas de alturas de entrada e de saída das pastagens, respeitando um período de descanso e recomposição das folhas, manutenção de correções e adubações periódicas, com base em análises de solo, além de controle de plantas invasoras com a utilização de herbicidas adequados”, explica Caldeira.
Também é importante que o pecuarista faça uma integração do manejo de pastagens com outras práticas de manejo do rebanho para melhorar a eficiência do sistema produtivo.
“Toda fazenda deve realizar um planejamento forrageiro, ou seja, avaliar a disponibilidade de pastagem ao longo do ano e a quantidade de matéria seca nas áreas. Com essas informações, é possível ajustar a lotação do pasto, considerando a quantidade de peso vivo animal por hectare, de forma a atender às necessidades alimentares de cada categoria de animal. Geralmente, os bovinos demandam entre 2,3% e 2,5% de seu peso vivo em matéria seca de pasto por dia. Com esses dados em mãos, é possível alocar adequadamente o número de animais por área, garantindo o equilíbrio entre oferta e demanda de alimento”, complementa Guilherme Foresti Caldeira, diretor de Categorias da Axia Agro.
O especialista também ressalta a importância de observar os sinais das pastagens para que os pecuaristas possam identificar rapidamente quando elas se tornam inadequadas para determinada categoria de animal e corrigir a situação.
“O baixo ganho de peso dos animais ou a incapacidade de manter o status nutricional das vacas, geralmente está relacionado à baixa capacidade da pastagem em fornecer a quantidade necessária de matéria seca para sustentar o ganho de peso. Isso pode ocorrer devido a pastagens degradadas ou superadas, que não oferecem nutrientes adequados. A correção desses problemas envolve ajustar a lotação animal, respeitar as alturas de entrada e saída das áreas, controlar as plantas daninhas e realizar a adubação das pastagens”, explica.
Inovações tecnológicas e o futuro do manejo de pastagens
A adoção de novas tecnologias, como monitoramento via satélite e drones, está permitindo que os pecuaristas tenham maior precisão na gestão das pastagens e no ajuste da lotação de animais. Sistemas de monitoramento de pastagens, balanças automatizadas e técnicas de pulverização por drones também têm contribuído para um manejo mais eficiente e sustentável.
Entre as principais inovações destacam-se, ainda, os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPAs) e a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta). Esses modelos integram a produção agrícola e pecuária, promovendo maior eficiência no sequestro de carbono e garantindo pastagens de alta qualidade, mesmo em períodos de seca. Além disso, os sistemas de pastejo intensivo também contribuem significativamente para o sequestro de carbono e oferecem excelente desempenho animal. Esse conceito é conhecido como Intensificação Sustentável da Agropecuária, que aplica as tecnologias do grupo ABC (Agropecuária de Baixa Emissão de Carbono).
No entanto, as inovações não substituem a necessidade de treinamento e capacitação. O aprimoramento contínuo do conhecimento do produtor e de suas equipes é essencial para a implementação eficaz dessas tecnologias emergentes, garantindo que os resultados esperados sejam alcançados.
Sobre a Axia Agro
A Axia Agro é a maior distribuidora e revendedora de insumos agropecuários do Brasil, com forte presença no Norte e Centro-Oeste do país. Fundado em 2021, o grupo nasceu com o objetivo de proporcionar um ecossistema de soluções completas ao pecuarista brasileiro, por meio da consolidação de revendas, tecnologia, inovação e serviços, potencializando a produtividade no setor. Hoje, a empresa conta com mais de 60 lojas distribuídas entre os estados de Rondônia, Acre, Amazonas , Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e um braço fabril de produção de insumos para nutrição animal. Para mais informações sobre a Axia Agro, clique aqui.
Sobre a Agroline
Fundada em 1997, a empresa foi a primeira do setor pecuário a investir em comércio eletrônico, tornando-se hoje o maior no segmento. A Agroline também está presente de forma física nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, com a missão de ser a melhor parceira para os produtores rurais oferecendo soluções completas para maximizar a produtividade. Mais informações, acesse aqui.
Sobre a Casa da Lavoura
A Casa da Lavoura se classifica como uma tradicional rede de lojas de produtos agropecuários, máquinas e implementos agrícolas, com presença física nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso. Destaca-se como uma empresa totalmente afinada às questões ligadas ao meio rural, atuando de forma transparente e totalmente responsável. Mais informações, acesse aqui.
Sobre a Supremax
Nascida da visão empreendedora da Casa da Lavoura no início dos anos 2000, a Supremax é o braço industrial do grupo, especializado na produção de insumos para nutrição animal. A empresa conta com três unidades fabris, em Araguaína (TO), Ariquemes (RO) e Tangará da Serra (MT). Por meio de seus produtos e de sua consultoria técnica, a marca visa tornar-se referência no mercado agropecuário. Mais informações, acesse aqui.
Fonte: Gisele Gomes Comunica
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