O magnata indiano Ratan Tata, conhecido mundialmente por comandar marcas como Land Rover e Jaguar e que morreu no início do mês aos 86 anos, surpreendeu o mundo com o anúncio de que parte de sua fortuna, estimada em US$ 600 milhões, seria destinada para garantir cuidados “ilimitados” para seu pastor alemão Tito, segundo noticiou a imprensa indiana.
No final de sua vida, Tata redigiu um testamento detalhado, que designava grandes valores ao seu cão Tito e a dois funcionários de longa data. Entre os beneficiados estão o cozinheiro Rajan Shaw e o mordomo Konar Subbiah, que passaram mais de três décadas ao lado dele.
Suhel Seth, amigo próximo do empresário, explicou que os funcionários foram cuidadosamente incluídos.
“Tata deixou o suficiente para que nunca precisem trabalhar de novo. Ele cuidou bem daqueles que o serviram com dedicação.”
Mesmo na ausência de herdeiros diretos, a decisão de Tata de favorecer seus companheiros de quatro patas e os funcionários não é comum na Índia, onde os bens são tradicionalmente direcionados aos familiares.
Além de deixar Tito bem amparado, Tata também considerou o futuro dos outros cães abandonados de Mumbai, construindo uma rede de assistência para assegurar que esses animais estejam protegidos.
Seu patrimônio será distribuído ainda entre vários beneficiários, incluindo sua fundação, o irmão Jimmy Tata, as meia-irmãs Shireen e Deanna Jejeebhoy, funcionários da casa e outros, que receberão apenas um pequena parte do patrimônio. Tata nunca se casou e não tinha filhos.
Tito, adotado há cinco anos, será cuidado pelo cozinheiro de longa data de Tata, Rajan Shaw. O testamento também beneficia seu mordomo, Konar Subbiah, que ajudará Rajan a cuidar do cão, como exigido pelo empresário em seu último pedido.
Ratan Tata se juntou ao Tata Group em 1961, se tornando presidente após a aposentadoria de seu tio J.R.D., em 1991. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu significativamente, chegando a comandar cerca de 100 empresas, incluindo a Tata Motors, maior fabricante de veículos do país.
Em junho de 2008, Ratan comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford por US$ 2,3 bilhões. No ano seguinte, sua empresa lançou o Tata Nano, carro compacto de motor traseiro que custava cerca de 100 mil rúpias (R$ 11,4 mil na época).
Sua extensa coleção de carros, composta de 20 a 30 modelos, está atualmente guardada na residência Halekai e nos apartamentos de serviço Taj Wellington Mews, em Colaba. O futuro dos veículos está sendo considerado, com opções como aquisição pelo Tata Group para exibição em seu museu em Pune ou leilão.
Os prêmios e reconhecimentos de Tata serão doados aos Arquivos Centrais de Tata, garantindo que seu legado seja preservado para as gerações futuras. Espera-se que o testamento de Ratan Tata seja avaliado pelo Tribunal Superior de Mumbai, o que pode levar meses.
Um dos magnatas mais poderosos e admirados da Índia, Ratan Tata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 empregados, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Foi enviado para os Estados Unidos para cursar o ensino médio na Riverdale Country School, em Nova York. Formou-se em arquitetura pela Universidade de Cornell e mais tarde fez cursos de gestão na Harvard Business School.
Nascido em 1937 em Bombaim, hoje Mumbai, Tata pretendia ser arquiteto e estava trabalhando nos Estados Unidos quando sua avó, que o criou, lhe pediu para que voltasse para casa para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na Tisco, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.
Assumiu o comando do império da família em 1991, justamente quando a Índia empreendeu suas reformas radicais de livre mercado.
Apesar da expansão internacional do conglomerado, seu impacto no país continuou maior do que nunca sob a liderança do magnata. Para os indianos de classe média, era quase impossível passar o dia sem consumir bens e serviços da Tata.
Eles acordavam com o chá Tata, navegavam na internet com o Tata Photon, assistiam a programas da Tata Sky na televisão, andavam em táxis Tata ou dirigiam seus próprios carros Tata, e utilizavam inúmeros produtos feitos com o aço Tata.
De onde veio a fortuna dos Tata
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de manufatura e comércio.
Naval Tata casou-se com uma prima Sooni Tata, mas eles se separaram quando Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, ainda eram crianças. Ambos os meninos foram criados e adotados por sua rica avó paterna.
— Eu tive uma infância feliz, mas, à medida que meu irmão e eu ficávamos mais velhos, enfrentamos um bom bocado de bullying e desconforto pessoal por causa do divórcio de nossos pais, que naquela época não era tão comum quanto é hoje — lembrou o Sr. Tata em uma entrevista no Facebook publicada em 2020.
Tata mantinha uma vida social discreta. Dedicava grande parte de seu tempo de lazer a dirigir carros esportivos, pilotar aviões e correr com seu barco a motor fora do porto, perto de um apartamento que mantinha em Mumbai.
O magnata indiano Ratan Tata, conhecido mundialmente por comandar marcas como Land Rover e Jaguar e que morreu no início do mês aos 86 anos, surpreendeu o mundo com o anúncio de que parte de sua fortuna, estimada em US$ 600 milhões, seria destinada para garantir cuidados “ilimitados” para seu pastor alemão Tito, segundo noticiou a imprensa indiana.
No final de sua vida, Tata redigiu um testamento detalhado, que designava grandes valores ao seu cão Tito e a dois funcionários de longa data. Entre os beneficiados estão o cozinheiro Rajan Shaw e o mordomo Konar Subbiah, que passaram mais de três décadas ao lado dele.
Suhel Seth, amigo próximo do empresário, explicou que os funcionários foram cuidadosamente incluídos.
“Tata deixou o suficiente para que nunca precisem trabalhar de novo. Ele cuidou bem daqueles que o serviram com dedicação.”
Mesmo na ausência de herdeiros diretos, a decisão de Tata de favorecer seus companheiros de quatro patas e os funcionários não é comum na Índia, onde os bens são tradicionalmente direcionados aos familiares.
Além de deixar Tito bem amparado, Tata também considerou o futuro dos outros cães abandonados de Mumbai, construindo uma rede de assistência para assegurar que esses animais estejam protegidos.
Seu patrimônio será distribuído ainda entre vários beneficiários, incluindo sua fundação, o irmão Jimmy Tata, as meia-irmãs Shireen e Deanna Jejeebhoy, funcionários da casa e outros, que receberão apenas um pequena parte do patrimônio. Tata nunca se casou e não tinha filhos.
Tito, adotado há cinco anos, será cuidado pelo cozinheiro de longa data de Tata, Rajan Shaw. O testamento também beneficia seu mordomo, Konar Subbiah, que ajudará Rajan a cuidar do cão, como exigido pelo empresário em seu último pedido.
Ratan Tata se juntou ao Tata Group em 1961, se tornando presidente após a aposentadoria de seu tio J.R.D., em 1991. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu significativamente, chegando a comandar cerca de 100 empresas, incluindo a Tata Motors, maior fabricante de veículos do país.
Em junho de 2008, Ratan comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford por US$ 2,3 bilhões. No ano seguinte, sua empresa lançou o Tata Nano, carro compacto de motor traseiro que custava cerca de 100 mil rúpias (R$ 11,4 mil na época).
Sua extensa coleção de carros, composta de 20 a 30 modelos, está atualmente guardada na residência Halekai e nos apartamentos de serviço Taj Wellington Mews, em Colaba. O futuro dos veículos está sendo considerado, com opções como aquisição pelo Tata Group para exibição em seu museu em Pune ou leilão.
Os prêmios e reconhecimentos de Tata serão doados aos Arquivos Centrais de Tata, garantindo que seu legado seja preservado para as gerações futuras. Espera-se que o testamento de Ratan Tata seja avaliado pelo Tribunal Superior de Mumbai, o que pode levar meses.
Um dos magnatas mais poderosos e admirados da Índia, Ratan Tata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 empregados, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Foi enviado para os Estados Unidos para cursar o ensino médio na Riverdale Country School, em Nova York. Formou-se em arquitetura pela Universidade de Cornell e mais tarde fez cursos de gestão na Harvard Business School.
Nascido em 1937 em Bombaim, hoje Mumbai, Tata pretendia ser arquiteto e estava trabalhando nos Estados Unidos quando sua avó, que o criou, lhe pediu para que voltasse para casa para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na Tisco, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.
Assumiu o comando do império da família em 1991, justamente quando a Índia empreendeu suas reformas radicais de livre mercado.
Apesar da expansão internacional do conglomerado, seu impacto no país continuou maior do que nunca sob a liderança do magnata. Para os indianos de classe média, era quase impossível passar o dia sem consumir bens e serviços da Tata.
Eles acordavam com o chá Tata, navegavam na internet com o Tata Photon, assistiam a programas da Tata Sky na televisão, andavam em táxis Tata ou dirigiam seus próprios carros Tata, e utilizavam inúmeros produtos feitos com o aço Tata.
De onde veio a fortuna dos Tata
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de manufatura e comércio.
Naval Tata casou-se com uma prima Sooni Tata, mas eles se separaram quando Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, ainda eram crianças. Ambos os meninos foram criados e adotados por sua rica avó paterna.
— Eu tive uma infância feliz, mas, à medida que meu irmão e eu ficávamos mais velhos, enfrentamos um bom bocado de bullying e desconforto pessoal por causa do divórcio de nossos pais, que naquela época não era tão comum quanto é hoje — lembrou o Sr. Tata em uma entrevista no Facebook publicada em 2020.
Tata mantinha uma vida social discreta. Dedicava grande parte de seu tempo de lazer a dirigir carros esportivos, pilotar aviões e correr com seu barco a motor fora do porto, perto de um apartamento que mantinha em Mumbai.
O magnata indiano Ratan Tata, conhecido mundialmente por comandar marcas como Land Rover e Jaguar e que morreu no início do mês aos 86 anos, surpreendeu o mundo com o anúncio de que parte de sua fortuna, estimada em US$ 600 milhões, seria destinada para garantir cuidados “ilimitados” para seu pastor alemão Tito, segundo noticiou a imprensa indiana.
No final de sua vida, Tata redigiu um testamento detalhado, que designava grandes valores ao seu cão Tito e a dois funcionários de longa data. Entre os beneficiados estão o cozinheiro Rajan Shaw e o mordomo Konar Subbiah, que passaram mais de três décadas ao lado dele.
Suhel Seth, amigo próximo do empresário, explicou que os funcionários foram cuidadosamente incluídos.
“Tata deixou o suficiente para que nunca precisem trabalhar de novo. Ele cuidou bem daqueles que o serviram com dedicação.”
Mesmo na ausência de herdeiros diretos, a decisão de Tata de favorecer seus companheiros de quatro patas e os funcionários não é comum na Índia, onde os bens são tradicionalmente direcionados aos familiares.
Além de deixar Tito bem amparado, Tata também considerou o futuro dos outros cães abandonados de Mumbai, construindo uma rede de assistência para assegurar que esses animais estejam protegidos.
Seu patrimônio será distribuído ainda entre vários beneficiários, incluindo sua fundação, o irmão Jimmy Tata, as meia-irmãs Shireen e Deanna Jejeebhoy, funcionários da casa e outros, que receberão apenas um pequena parte do patrimônio. Tata nunca se casou e não tinha filhos.
Tito, adotado há cinco anos, será cuidado pelo cozinheiro de longa data de Tata, Rajan Shaw. O testamento também beneficia seu mordomo, Konar Subbiah, que ajudará Rajan a cuidar do cão, como exigido pelo empresário em seu último pedido.
Ratan Tata se juntou ao Tata Group em 1961, se tornando presidente após a aposentadoria de seu tio J.R.D., em 1991. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu significativamente, chegando a comandar cerca de 100 empresas, incluindo a Tata Motors, maior fabricante de veículos do país.
Em junho de 2008, Ratan comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford por US$ 2,3 bilhões. No ano seguinte, sua empresa lançou o Tata Nano, carro compacto de motor traseiro que custava cerca de 100 mil rúpias (R$ 11,4 mil na época).
Sua extensa coleção de carros, composta de 20 a 30 modelos, está atualmente guardada na residência Halekai e nos apartamentos de serviço Taj Wellington Mews, em Colaba. O futuro dos veículos está sendo considerado, com opções como aquisição pelo Tata Group para exibição em seu museu em Pune ou leilão.
Os prêmios e reconhecimentos de Tata serão doados aos Arquivos Centrais de Tata, garantindo que seu legado seja preservado para as gerações futuras. Espera-se que o testamento de Ratan Tata seja avaliado pelo Tribunal Superior de Mumbai, o que pode levar meses.
Um dos magnatas mais poderosos e admirados da Índia, Ratan Tata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 empregados, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Foi enviado para os Estados Unidos para cursar o ensino médio na Riverdale Country School, em Nova York. Formou-se em arquitetura pela Universidade de Cornell e mais tarde fez cursos de gestão na Harvard Business School.
Nascido em 1937 em Bombaim, hoje Mumbai, Tata pretendia ser arquiteto e estava trabalhando nos Estados Unidos quando sua avó, que o criou, lhe pediu para que voltasse para casa para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na Tisco, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.
Assumiu o comando do império da família em 1991, justamente quando a Índia empreendeu suas reformas radicais de livre mercado.
Apesar da expansão internacional do conglomerado, seu impacto no país continuou maior do que nunca sob a liderança do magnata. Para os indianos de classe média, era quase impossível passar o dia sem consumir bens e serviços da Tata.
Eles acordavam com o chá Tata, navegavam na internet com o Tata Photon, assistiam a programas da Tata Sky na televisão, andavam em táxis Tata ou dirigiam seus próprios carros Tata, e utilizavam inúmeros produtos feitos com o aço Tata.
De onde veio a fortuna dos Tata
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de manufatura e comércio.
Naval Tata casou-se com uma prima Sooni Tata, mas eles se separaram quando Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, ainda eram crianças. Ambos os meninos foram criados e adotados por sua rica avó paterna.
— Eu tive uma infância feliz, mas, à medida que meu irmão e eu ficávamos mais velhos, enfrentamos um bom bocado de bullying e desconforto pessoal por causa do divórcio de nossos pais, que naquela época não era tão comum quanto é hoje — lembrou o Sr. Tata em uma entrevista no Facebook publicada em 2020.
Tata mantinha uma vida social discreta. Dedicava grande parte de seu tempo de lazer a dirigir carros esportivos, pilotar aviões e correr com seu barco a motor fora do porto, perto de um apartamento que mantinha em Mumbai.
O magnata indiano Ratan Tata, conhecido mundialmente por comandar marcas como Land Rover e Jaguar e que morreu no início do mês aos 86 anos, surpreendeu o mundo com o anúncio de que parte de sua fortuna, estimada em US$ 600 milhões, seria destinada para garantir cuidados “ilimitados” para seu pastor alemão Tito, segundo noticiou a imprensa indiana.
No final de sua vida, Tata redigiu um testamento detalhado, que designava grandes valores ao seu cão Tito e a dois funcionários de longa data. Entre os beneficiados estão o cozinheiro Rajan Shaw e o mordomo Konar Subbiah, que passaram mais de três décadas ao lado dele.
Suhel Seth, amigo próximo do empresário, explicou que os funcionários foram cuidadosamente incluídos.
“Tata deixou o suficiente para que nunca precisem trabalhar de novo. Ele cuidou bem daqueles que o serviram com dedicação.”
Mesmo na ausência de herdeiros diretos, a decisão de Tata de favorecer seus companheiros de quatro patas e os funcionários não é comum na Índia, onde os bens são tradicionalmente direcionados aos familiares.
Além de deixar Tito bem amparado, Tata também considerou o futuro dos outros cães abandonados de Mumbai, construindo uma rede de assistência para assegurar que esses animais estejam protegidos.
Seu patrimônio será distribuído ainda entre vários beneficiários, incluindo sua fundação, o irmão Jimmy Tata, as meia-irmãs Shireen e Deanna Jejeebhoy, funcionários da casa e outros, que receberão apenas um pequena parte do patrimônio. Tata nunca se casou e não tinha filhos.
Tito, adotado há cinco anos, será cuidado pelo cozinheiro de longa data de Tata, Rajan Shaw. O testamento também beneficia seu mordomo, Konar Subbiah, que ajudará Rajan a cuidar do cão, como exigido pelo empresário em seu último pedido.
Ratan Tata se juntou ao Tata Group em 1961, se tornando presidente após a aposentadoria de seu tio J.R.D., em 1991. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu significativamente, chegando a comandar cerca de 100 empresas, incluindo a Tata Motors, maior fabricante de veículos do país.
Em junho de 2008, Ratan comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford por US$ 2,3 bilhões. No ano seguinte, sua empresa lançou o Tata Nano, carro compacto de motor traseiro que custava cerca de 100 mil rúpias (R$ 11,4 mil na época).
Sua extensa coleção de carros, composta de 20 a 30 modelos, está atualmente guardada na residência Halekai e nos apartamentos de serviço Taj Wellington Mews, em Colaba. O futuro dos veículos está sendo considerado, com opções como aquisição pelo Tata Group para exibição em seu museu em Pune ou leilão.
Os prêmios e reconhecimentos de Tata serão doados aos Arquivos Centrais de Tata, garantindo que seu legado seja preservado para as gerações futuras. Espera-se que o testamento de Ratan Tata seja avaliado pelo Tribunal Superior de Mumbai, o que pode levar meses.
Um dos magnatas mais poderosos e admirados da Índia, Ratan Tata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 empregados, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Foi enviado para os Estados Unidos para cursar o ensino médio na Riverdale Country School, em Nova York. Formou-se em arquitetura pela Universidade de Cornell e mais tarde fez cursos de gestão na Harvard Business School.
Nascido em 1937 em Bombaim, hoje Mumbai, Tata pretendia ser arquiteto e estava trabalhando nos Estados Unidos quando sua avó, que o criou, lhe pediu para que voltasse para casa para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na Tisco, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.
Assumiu o comando do império da família em 1991, justamente quando a Índia empreendeu suas reformas radicais de livre mercado.
Apesar da expansão internacional do conglomerado, seu impacto no país continuou maior do que nunca sob a liderança do magnata. Para os indianos de classe média, era quase impossível passar o dia sem consumir bens e serviços da Tata.
Eles acordavam com o chá Tata, navegavam na internet com o Tata Photon, assistiam a programas da Tata Sky na televisão, andavam em táxis Tata ou dirigiam seus próprios carros Tata, e utilizavam inúmeros produtos feitos com o aço Tata.
De onde veio a fortuna dos Tata
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de manufatura e comércio.
Naval Tata casou-se com uma prima Sooni Tata, mas eles se separaram quando Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, ainda eram crianças. Ambos os meninos foram criados e adotados por sua rica avó paterna.
— Eu tive uma infância feliz, mas, à medida que meu irmão e eu ficávamos mais velhos, enfrentamos um bom bocado de bullying e desconforto pessoal por causa do divórcio de nossos pais, que naquela época não era tão comum quanto é hoje — lembrou o Sr. Tata em uma entrevista no Facebook publicada em 2020.
Tata mantinha uma vida social discreta. Dedicava grande parte de seu tempo de lazer a dirigir carros esportivos, pilotar aviões e correr com seu barco a motor fora do porto, perto de um apartamento que mantinha em Mumbai.
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