O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), afirmou em coletiva realizada neste sábado (19) que os atos de vandalismo registrados na região da Grande Florianópolis foram “uma disputa de área de facções criminosas”.
Participaram da coletiva o secretário de Segurança Pública do estado, Flávio Graff, o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, o comandante-geral da Polícia Militar, Aurélio Pelozato, e a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer.
Neste sábado (19), um conflito entre grupos criminosos bloqueou 18 pontos de vias públicas na Grande Florianópolis. Nos atos, carros foram incendiados e barricadas foram criadas com lixo e pneus.
O governador afirmou que no início da noite não havia mais nenhum bloqueio e tranquilizou a população. “Podem ficar todos tranquilos. Podem cumprir com o que tinham combinado fazer no final de semana, que nós estamos vigilantes”, disse Mello.
A polícia confirmou a prisão de cinco suspeitos envolvidos nesses atos, dois deles foram baleados em confronto com policiais e estão no hospital. De acordo com as forças de segurança, os atos foram uma resposta de um grupo criminoso a uma ação da Polícia Militar no norte da ilha, na região da Comunidade do Papaquara.
Na madrugada de sexta-feira (18), a polícia foi informada de que uma facção criminosa se preparava para tomar o território de outra. A Polícia Militar foi para a região e no confronto com os criminosos, um dos suspeitos foi morto. Ainda na ação, sete pessoas foram presas e cinco pistolas foram apreendidas.
Os presos devem passar por audiência de custódia no domingo (20), a Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público de Santa Catarina os registros de antecedentes criminais dos envolvidos para que o órgão faça representação pela prisão preventiva de todos eles.
“A gente não dá nome de facção para não promovê-los. Porque eles são o lixo da sociedade. São facções criminosas, uma querendo tomar o lugar da outra”, afirmou o governador. Durante a coletiva, o governador também disse não saber de qualquer interrupção no serviço de transporte público na capital e arredores.
Segundo o delegado-geral, as facções são monitoradas pelas forças de segurança e os atos foram isolados. “Essas organizações são monitoradas constantemente. Nós não identificamos nenhuma situação que indicasse salve ou manifestação de dentro de presídios, para que essa situação acontecesse hoje. Foi algo eventual, em razão de uma situação pontual, de uma abordagem da Polícia Militar”, disse Gabriel.
O delegado também informou que foram instaurados inquéritos policiais para identificar os autores dos atos de vandalismo.
Show de Paul McCartney
O comandante-geral da Polícia Militar ressaltou na coletiva que todos os efetivos dos sete batalhões da Grande Florianópolis foram convocados para atuar neste final de semana. Neste sábado (19), está prevista a realização do show do cantor britânico Paul McCartney, na Arena da Ressacada.
“A nossa polícia está cuidando, para que possa acontecer sem nenhum tipo de complicação ou de medo”, enfatizou o governador Jorginho Mello.
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