Polícia Civil investiga possível duplo homicídio doloso, quando há intenção de matar
16 out
2024
– 19h26
(atualizado às 20h32)
A Polícia Civil prendeu temporariamente Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, na noite de terça-feira, 15, após suas filhas de 6 anos morrerem em um intervalo de oito dias em Igrejinha, interior do Rio Grande do Sul.
Médicos suspeitam que as gêmeas Antonia e Manoela Pereira faleceram em decorrência de intoxicação por remédio ou veneno, já que elas não tinham sinais aparentes de agressão física. Antonia faleceu na terça-feira, 15, e Manoela, no dia 7.
“Com base nos médicos que socorreram, possivelmente pode ser uma intoxicação exógena, quer dizer, externa, pela ingestão de medicamentos ou mesmo veneno. Nós dependemos do laboratório do Instituto-Geral de Perícias”, disse o delegado Cleber Lima em entrevista à RBS TV.
O curto intervalo entre as mortes das crianças chamou atenção dos investigadores. Graciano Ronnau, comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, atendeu o caso de Antonia. Ambas foram socorridas no loteamento Jasmim, no bairro Morada Verde, na residência da família.
Apesar de Gisele ter negado em depoimento à polícia que tenha feito algo para machucar as meninas, um médico relatou em depoimento que a mulher tinha “ideias perversas” em relação às filhas. Ela ficou internada na ala psiquiátrica dias antes do falecimento das gêmeas.
Após prestar depoimento, o pai das crianças foi liberado. Ele não é considerado suspeito de ter intoxicado as gêmeas. Em depoimento, o homem de 43 anos declarou que nenhuma delas tinha problemas de saúde, mas que, depois da morte de Manoela, Antonia iria para uma consulta médica para investigar uma possível doença. O agendamento estava marcado para o dia 15, mesmo dia em que a menina faleceu.
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