O secretário de saúde do governo federal dos Estados Unidos afirmou na terça-feira (17) que removeu a recomendação da vacina contra Covid-19 para crianças saudáveis e mulheres grávidas do calendário de imunização dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
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Segundo Kennedy, em publicação no X, não existem dados clínicos disponíveis para apoiar a imunização adicional com a vacina contra o coronavírus em crianças saudáveis. Até então, o imunizante era recomendado para todos acima de 6 meses de idade no país.
No entanto, as evidências científicas apontam para um caminho oposto ao do que afirma o secretário americano. De acordo com informações do Ministério da Saúde do Brasil, após os idosos, as crianças são mais susceptíveis para desenvolver Covid-19 grave e suas complicações.
Aqui, a vacina foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade em 2024. Embora, em geral as crianças que contraem o coronavírus desenvolvem quadros clínicos leves, em comparação com adultos mais velhos, essa população não está isenta de apresentar formas graves e letais da doença, como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P).
“A carga do vírus nessa faixa etária é significativa, principalmente quando comparada a outras doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis que afetam (ou afetaram antes da vacinação) as crianças no país”, afirma o Ministério da Saúde.
Além de aumentar a imunidade das crianças e ajudar a prevenir formas graves da doença, a vacinação ajuda a amenizar a propagação do Sars-CoV-2 na população em geral. Estudos mostraram que a vacinação reduziu desfechos graves nas crianças, como hospitalizações, complicações, sequelas e mortes. Os estudos também mostraram que a vacina é segura nessa faixa etária.
As gestantes são outro grupo de risco para formas graves de Covid-19. Como seus sistemas imunológicos mudam durante a gravidez, elas ficam mais vulneráveis a infecções respiratórias como a Covid. Se ficarem doentes, as gestantes tendem a desenvolver sintomas mais graves e o tratamento pode exigir hospitalização mais longa em unidades de terapia intensiva, necessidade de suporte respiratório e tem maior probabilidade de morte.
Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as gestantes recebam três doses da vacina contra a doença, além de uma dose de reforço dentro de seis meses após a última dose. Quanto à segurança e eficácia da vacina nessa população, estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia demonstrou que a vacinação contra a covid-19, em todos os trimestres da gravidez, independentemente do tipo de vacina, é segura e não aumenta o risco de resultados adversos no nascimento ou de óbito.
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