Mato Grosso do Sul (MS) está entre os 22 estados brasileiros que entraram no radar da Polícia Federal (PF) em uma investigação sobre a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis. Um mapeamento inédito, conduzido pelo Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, identificou 941 postos suspeitos de envolvimento com facções criminosas em todo o país, sendo quatro deles localizados em território sul-mato-grossense.
A investigação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, conta com a participação da Polícia Federal, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e Ministério de Minas e Energia. O objetivo é desarticular esquemas de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de laranjas e adulteração de combustíveis.
O levantamento aponta que facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho e milícias estariam utilizando postos de combustíveis para atividades ilícitas. São Paulo e Goiás lideram o número de estabelecimentos sob suspeita, com 290 e 163 postos, respectivamente.
No caso de Mato Grosso do Sul, os quatro postos investigados estariam localizados em cidades da região de fronteira, áreas estratégicas para o tráfico de drogas e contrabando. Embora os nomes dos estabelecimentos não tenham sido divulgados, fontes revelam que a investigação se concentra em municípios com histórico de atuação do crime organizado.
A região de fronteira do estado é conhecida por ser rota de escoamento de mercadorias ilegais, o que facilita a atuação de facções criminosas. A Polícia Federal intensificou as ações de fiscalização e monitoramento nessas áreas para coibir a prática de crimes relacionados ao setor de combustíveis.
A infiltração do crime organizado no setor de combustíveis representa uma ameaça à economia e à segurança pública. Além dos prejuízos financeiros causados por fraudes e sonegação fiscal, há o risco de abastecimento de combustíveis adulterados à população.
* Com informações da Folha de S.Paulo e Campo Grande News.
Discover more from FATONEWS :
Subscribe to get the latest posts sent to your email.