A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira que a tarifa cumulativa sobre a China totalizaria, na verdade, 145%, muito acima do nível que muitos economistas disseram poder dizimar o comércio entre os EUA e a China.
O presidente Donald Trump está impondo uma tarifa de 125% sobre os produtos chineses com o objetivo tanto de combater o déficit comercial dos EUA com a China quanto punir Pequim por retaliar contra os impostos de importação americanos. Esse número, divulgado em um memorando da Casa Branca nesta quinta-feira, soma-se à tarifa de 20% imposta no início deste ano devido ao papel da China no tráfico de fentanil.
As duras tarifas dos EUA sobre a segunda maior economia do mundo ocorrem em meio a uma guerra comercial crescente de retaliações sucessivas, que tem deixado os mercados financeiros globais em alerta.
O vaivém de Trump em relação a sua política tarifária vem deixando os mercados em polvorosa. As bolsas na Ásia fecharam em forte alta, e as da Europa dispararam nesta quinta-feira (10), refletindo o anúncio de ontem do presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender por 90 dias a maioria das tarifas, em uma trégua na sua guerra comercial. O otimismo, porém, não é acompanhado pelas bolsas de Nova York e do Brasil.
Bolsas ampliam queda em NY
Com a notícia, as ações caíram em Nova York, um dia após a maior onda de compras em anos, enquanto os investidores se preparavam para mais hostilidade comercial.
Por volta das 12h20, as bolsas americanas ampliaram a queda, com o Dow Jones registrando -2,75%; Nasdaq – 4% e S&P caindo 3,27%. Já o Ibovespa registrava queda de – 0,86%, a 126.703 pontos. O dólar, por sua vez, continuava em alta no Brasil, subindo 1,49%, a R$ 5,932.
A implementação das tarifas por Trump tem sido marcada por confusão, já que o presidente mudou de posição repetidamente. Na quarta-feira, ele adiou planos de impor tarifas mais altas a dezenas de países apenas algumas horas após elas entrarem em vigor, mesmo enquanto intensificava sua disputa comercial com Pequim.
- Mesmo com recuo parcial em tarifas de Trump: Empresas do mundo inteiro já reduzem suas encomendas
Os outros parceiros comerciais dos EUA enfrentarão uma tarifa geral de importação de 10%, mas ganharam um prazo de 90 dias para negociar acordos comerciais individuais. Caso essas negociações não tenham sucesso, as tarifas mais altas estão previstas para entrar em vigor em 9 de julho.
A ordem presidencial publicada nesta quinta-feira aumentou ainda mais os impostos sobre pequenos pacotes vindos da China que anteriormente não eram taxados, o que pode afetar consumidores americanos que compram produtos de varejistas como Temu e Shein.
Os EUA passarão a taxar importações de itens com valor de até US$ 800 a uma alíquota de 120% sobre seu valor, acima do plano anterior que previa uma taxa ad valorem de 90%.
A taxa por item postal sobre mercadorias que entrarem entre 2 de maio e 1º de junho aumentará para US$ 100, em comparação aos US$ 75 planejados anteriormente. Pacotes que entrarem após 1º de junho enfrentarão uma cobrança de US$ 200 por item, em vez dos US$ 150 anunciados anteriormente.
(*) matéria em atualização
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