
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que os bancos levam em conta o hábito de apostar on-line na hora de conceder crédito e cobram mais caro dos apostadores. “Os bancos consideram esse tipo de prática por parte do cidadão para analisar e classificá-lo com um risco mais elevado. No final sai um custo maior para essas pessoas”, disse durante a CPI das Apostas Esportivas no Senado, nesta terça-feira 8.
A CPI das Bets foi instalada em 12 de novembro do ano passado para investigar a influência das apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras e a possível associação com organizações criminosas. Além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a CPI recebeu o secretário-executivo do BC, Rogério Lucca, e a chefe do departamento de supervisão de conduta do BC, Juliana Sandri.
Galípolo deixou claro que o Banco Central não fiscaliza as bets, mas monitora dados e faz estudos para entender o impacto dos jogos na economia. “O Banco Central do Brasil não tem a competência legal para fiscalizar ou aplicar sanções em decorrência de transações destinadas a apostas de cota fixa realizadas com pessoas jurídicas não autorizadas a exercer essa atividade”, afirmou.
Dados do Banco Central, apresentados durante a CPI, indicam que os brasileiros gastam entre 20 bilhões e 30 bilhões de reais com apostas por mês e que 90% retornam em prêmios concedidos. Segundo um estudo do BC, os apostadores enxergam as apostas como uma alternativa de investimento, o que mostra a necessidade de educação financeira para a população, algo que o BC estuda fazer.
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