Secretária de Imprensa da Casa Branca disse que países como a China cometem um “grave erro” ao retaliar os EUA; medida entra em vigor nesta 4ª feira junto às outras tarifas recíprocas
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que os Estados Unidos aplicarão tarifas de 104% à China a partir de 4ª feira (9.abr.2025). Em declaração a jornalistas nesta 3ª feira (8.abr), Leavitt disse que a China e outros países que decidem retaliar os norte-americanos “estão cometendo um erro”.
O governo norte-americano prometeu taxas recíprocas de 34% ao país asiático, que somadas as 20% aplicadas anteriormente, resultavam em 54%. A China, no entanto, disse que retaliaria os EUA com 34% de tributos sobre exportações, ao que Donald Trump (republicano) prometeu mais 50% de tarifas caso os chineses não recuassem. O prazo se encerrou às 13h desta 3ª feira (8.abr).
“O presidente Trump não irá mais permitir que trabalhadores e companhias norte-americanas sejam roubados nas mãos de práticas comerciais fraudulentas”, afirmou Leavitt.
Ao anunciar as tarifas, as autoridades norte-americanas não desejavam negociar as tarifas e afirmaram que “não haveria exceções”. O governo, entretanto, passou a discutir e ouvir propostas de cada país que desejavam um acordo para cortar as taxas.
Quando questionada sobre a mudança de postura da Presidência norte-americana, Leavitt disse que a visão de “não negociação” e de abertura ao diálogo podem existir “ao mesmo tempo”.
“O presidente Trump está disposto a atender o telefone e conversar. […] A mensagem do presidente Trump tem sido simples e consistente desde o começo para que os países ao redor do mundo tragam suas melhores ofertas, e ele vai escutar os acordos se eles beneficiarem os trabalhadores norte-americanos”, disse a porta-voz.
FUTURO COM TARIFAS
O impacto do tarifaço de Trump seria muito alto com as taxas de 54%, mas com as tarifas de 104% a guerra comercial escala a outro nível. A China não é o maior parceiro comercial dos EUA, muito por causa das tensões herdadas de governos anteriores, como de Joe Biden (democrata) e do 1º mandato do republicano.
Empresas de tecnologia norte-americanas, como a Apple e a Amazon, têm grande parte de sua produção na China por causa da mão de obra mais barata e menores taxas para importar peças de outros países asiáticos. As novas tarifas praticamente impedem que a companhia de Tim Cook produza o iPhone em território chinês sem elevar os preços.
Ao ser questionada sobre o impacto das tarifas nos smartphones, por exemplo, Leavitt disse que as fábricas e peças que produzem o celular podem “com certeza” vir para os EUA.
“Ele [Trump] acredita que nós temos trabalhadores, mão de obra, nós temos os recursos. Como você sabe, a Apple investiu US$ 500 bilhões de dólares nos Estados Unidos, então se a Apple pensasse que os Estados Unidos não poderiam fazer isso, eles não colocariam um valor tão alto nessa mudança”, disse.
Este post foi produzido pelo estagiário de jornalismo Levi Matheus sob supervisão do editor Ighor Nóbrega.
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