Um jovem, de 18 anos, está preso preventivamente desde o último sábado (8/3), no presídio de Frutal, no Triângulo Mineiro, sob suspeita de homicídio consumado contra Jessica Priscila Silva de Carvalho, de 29. A vítima foi morta por um disparo de arma de fogo, em frente à casa dela, na Rua Araguari, no Bairro Vila Esperança, na sexta-feira (7/3).
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Segundo José Rodrigo de Almeida, advogado de defesa do suspeito, o suspeito tinha algum relacionamento de amizade com o marido da vítima, sendo que, recentemente, fez uma brincadeira com ele na rua. “E no dia do crime, ele estava de bicicleta, e ela avançou com o carro propositalmente em cima dele. Ele bateu em outro veículo, sendo que várias pessoas presenciaram esse fato e amassou a bicicleta”, disse o advogado sobre o teor do depoimento do suspeito à Polícia Civil (PCMG).
“O inquérito policial está em fase inicial, e algumas informações divulgadas não correspondem à verdade. Não houve mero ‘esbarrão’. Luiz Miguel foi vítima de uma verdadeira tentativa de homicídio por parte de Jéssica Priscila”, destaca o advogado.
Almeida continua que, revoltado, o suspeito foi até a casa dele, pegou uma arma e foi à casa da vítima tirar satisfação. “Quando ele chegou à residência do casal, o marido dela começou a proferir ameaças, e então meu cliente tirou a arma com medo. Ela pegou um pedaço de pau para bater nele e então a arma disparou e a atingiu; o tiro não foi proposital, ou seja, no curso de uma discussão, ao sacar a arma, houve um disparo acidental no momento em que foi agredido”, complementa o advogado.
Ainda conforme o advogado, o jovem se dirigiu à residência da vítima armado em razão da periculosidade oferecida pelo esposo da vítima. “Ressaltamos que não cabe à defesa desqualificar qualquer envolvido neste momento, mas garantimos que todas as medidas cabíveis serão adotadas para que nosso representado não sofra penalidade além daquela que eventualmente for estabelecida pela Justiça. Qualquer juízo de valor precipitado configura uma condenação antecipada. A divulgação irresponsável dos fatos provoca revolta popular, clamor público e incita o ódio. Nossa atuação não é em defesa do crime, mas, sim, do devido processo legal dentro do Estado Democrático de Direito”, finalizou.
De acordo com o delegado Fabrício Altemar, o inquérito do caso foi instaurado como homicídio consumado. “Faltam ainda laudos e ouvir testemunhas. Temos um prazo de 10 dias para concluir o inquérito policial, a partir do cumprimento da prisão. Quando concluir o inquérito, vamos dar uma coletiva”, informou. Altemar também contou que a arma do crime não foi localizada.
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