Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam baixa, enquanto os rendimentos dos Treasuries avançam. Os investidores acompanham as negociações em torno do orçamento norte-americano, com o foco voltado para o crescimento dos gastos deficitários.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em baixa. Os resultados de grandes varejistas serão acompanhados, em busca de sinais sobre estratégias de precificação e os primeiros efeitos das tarifas sobre o consumidor. TJX, Lowe’s e Target devem divulgar seus balanços antes da abertura dos mercados.
Na semana passada, o Walmart alertou que os novos impostos o levariam a elevar os preços, o que provocou críticas do presidente Donald Trump. Já a Home Depot adotou uma estratégia diferente: afirmou na terça-feira que pretende manter os preços estáveis, apostando em ganhar participação de mercado sobre os concorrentes.
Ontem as ações recuaram em meio a renovadas preocupações de que as tarifas estejam afetando o desempenho da economia. A realização de lucros interrompeu uma sequência de seis altas consecutivas, que havia levado o S&P 500 a apenas 3% de sua máxima histórica.
Na Europa, as bolsas operam de forma mista, à medida que investidores analisam dados econômicos da região. A inflação no Reino Unido subiu 3,5% em abril, superando as expectativas do mercado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Escritório de Estatísticas Nacionais. Economistas consultados pela Reuters previam uma alta de 3,3% no índice de preços ao consumidor (CPI) nos 12 meses até abril.
Petróleo: Os preços do petróleo sobem mais de 1% após relatos de que Israel está preparando um ataque às instalações nucleares iranianas, aumentando os temores de que um conflito poderia afetar a disponibilidade de fornecimento na importante região produtora do Oriente Médio.
Na Ásia, os mercados fecharam em sua maioria em alta, apesar da queda de 0,23% do índice japonês Nikkei 225. O recuo veio após o Japão registrar desaceleração nas exportações pelo segundo mês consecutivo, em meio ao impacto das tarifas abrangentes impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 62,96 (+1,50%).
O Brent é negociado a US$ 66,28 (+1,38%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 106.461,69 (-0,16%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.316,40 a onça-troy (0,76%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,76%, a 728,50 iuanes (US$ 100,90).
Brasil:
Perspectiva para 2026: O Morgan Stanley ressaltou otimismo com a América Latina, o que inclui o Brasil. O banco americano passou a ter exposição overweight (exposição acima da média) em ações brasileiras na região. Além disso, instituiu uma projeção para o Ibovespa para meados de 2026 em moeda local de 189 mil pontos (valorização de 35% em relação ao fechamento de ontem).
Para a equipe, o Brasil poderia se beneficiar de uma mudança na política interna, e os incentivos para elevar exposição ao mercado estão aumentando agora que: 1) nos aproximamos das eleições (18 meses de distância), 2) sinais de fraqueza nos índices de aprovação do governo atual, 3) cenário de pico de alta das taxas de juros, indicando quedas à frente e 4) dólar potencialmente mais fraco e taxas globais mais baixas, o que poderia beneficiar o Brasil por meio do canal financeiro.
Economia:
✔️ Azul (AZUL4): A agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou a nota de crédito da Azul para CCC-, com perspectiva negativa, apontando um cenário de liquidez crítica e aumento no risco de inadimplência nos próximos meses. Com isso, a companhia está apenas dois degraus acima do D, que significa default (calote).
Segundo o relatório, a companhia aérea brasileira encerrou o primeiro trimestre de 2025 com apenas R$ 655 milhões em caixa e investimentos líquidos. Apesar de ter captado R$ 600 milhões adicionais em um financiamento-ponte com vencimento em 120 dias, as obrigações financeiras no curto prazo ainda preocupam os analistas.
A S&P estima que, embora os vencimentos de dívida totalizem R$ 730 milhões no período de 12 meses, as despesas operacionais, pagamentos de leasing, juros, capital de giro e investimentos somam entre R$ 7,4 bilhões e R$ 7,8 bilhões. A agência também destacou o consumo de caixa de R$ 750 milhões no primeiro trimestre, além de um déficit de R$ 313 milhões no fluxo de caixa operacional, pressionado por juros e custos de reestruturação.
✔️ Gol diz que Justiça dos EUA aprovou plano de recuperação. A Gol afirmou que o juiz da recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos aprovou o plano de reestruturação da empresa em audiência realizada na terça-feira (20). Com a aprovação, a empresa espera deixar o processo de recuperação judicial em junho, afirmou a Gol.
✔️O cenário fiscal brasileiro está no radar com as recentes revisões feitas pela equipe econômica e a expectativa para o bloqueio no orçamento que pode ser anunciado nesta quinta-feira (22), com a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
Fonte: ADVFN
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