As hérnias são problemas de saúde mais comuns do que se imagina e podem atingir pessoas de todas as idades. Elas ocorrem quando acontece uma fragilidade da parede abdominal, criando um abaulamento que, com o aumento do diâmetro da hérnia, pode ser preenchido pelas alças intestinais.
Segundo o médico José Ricardo Scalise, curso de Medicina da Faculdade Uniderp Ponta Porã, a maioria dos casos pode ser resolvida com um procedimento cirúrgico simples e seguro, especialmente quando identificado logo no início. “Muitas pessoas convivem com hérnias sem saber, achando que é só uma dor muscular ou um inchaço passageiro. Mas quando não tratada, a hérnia pode crescer, causar dor intensa e até levar a complicações graves, como o estrangulamento do intestino”, explica.
Tipos mais comuns de hérnia
Hérnia inguinal
É o tipo mais comum, especialmente em homens. Surge na região da virilha, causando um abaulamento visível, dor ou desconforto ao levantar peso, tossir ou fazer esforço.
Hérnia umbilical
Aparece ao redor do umbigo, com frequência em bebês, mas também em adultos, especialmente mulheres após a gravidez. Em muitos casos, é inofensiva, mas pode exigir correção cirúrgica se aumentar.
Hérnia epigástrica
Surge na linha média do abdômen, entre o umbigo e o tórax. Costuma ser pequena, mas pode causar dor ao toque ou ao esforço físico.
Hérnia incisional
Ocorre no local de uma cirurgia anterior, quando a parede abdominal enfraquece. É mais comum após cirurgias abertas, principalmente em pacientes com sobrepeso ou infecções na cicatriz.
Hérnia femoral
Mais rara, afeta principalmente mulheres e aparece na parte superior da coxa. Pode ser confundida com hérnia inguinal, mas tem maior risco de complicações.
Como tratar uma hérnia?
O tratamento definitivo é cirúrgico, podendo ser feito por via tradicional ou por videolaparoscopia, dependendo do tipo, tamanho da hérnia e condições de saúde do paciente. “Hoje, as técnicas cirúrgicas evoluíram muito. Com a laparoscopia, conseguimos realizar a correção com menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e menores chances de recidiva”, afirma o Dr. Scalise.
Além da cirurgia, o acompanhamento médico é essencial. Em casos iniciais, a correção cirúrgica é mais simples e com menor chance de complicações.
Fonte: Camila Crepaldi
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