EUA e China concordaram em reduzir substancialmente as tarifas sobre os produtos um do outro por 90 dias, após as negociações desse fim de semana. Em Genebra, na Suíça, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou nesta segunda-feira (12/5) que “ambos os lados reduzirão suas tarifas”, tendo acordado uma pausa de 90 dias na guerra comercial.
Isso representa redução significativa nesta disputa comercial que eclodiu no mês passado, provocada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Os EUA aumentaram sua tarifa sobre produtos importados da China para 145% – incluindo a tarifa de 20% adicionada para combater as importações de fentanil –, com Pequim retaliando com tarifas de 125% sobre as importações norte-americanas. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Com uma dedução de 115 pontos percentuais, os impostos chineses sobre produtos dos EUA serão reduzidos de 125% para 10%, enquanto o imposto dos EUA sobre produtos chineses cairão de 145% para 30%.
Bessent disse a repórteres que “ambos os lados demonstraram grande respeito” durante as negociações e que “ambos temos interesse em um comércio equilibrado”.
O embaixador comercial dos EUA, Jamieson Greer, também explicou por que o governo Trump estava determinado a reformular o comércio global.
Greer afirma que os EUA passaram décadas na Organização Mundial do Comércio (OMC) realizando negociações multilaterais e bilaterais, tentando fazer com que outros países reduzissem suas tarifas e barreiras não tarifárias e concordassem com um comércio mais recíproco com os EUA.
Déficit
“A promessa da OMC e do sistema multilateral é que as tarifas de todos seriam reduzidas”, mas “acontece que os EUA reduziram significativamente”, disse Greer a repórteres em Genebra.
Segundo ele, havia outras economias que também tinham tarifas baixas, mas mantinham barreiras não tarifárias muito altas. “Nos esforçamos muito para trabalhar dentro do sistema. E o resultado líquido é o déficit de US$ 1,2 trilhão em bens; o resultado líquido é que a produção foi para a China, o Leste Asiático, o México etc.”, ressaltou.
“Dessa forma, não é realista sugerir que os EUA deveriam simplesmente ter continuado a negociar”, acrescenta.
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