Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta, com investidores atentos nas negociações comerciais entre EUA e China e à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). Comunicados dos governos da China e dos Estados Unidos confirmaram, na noite de ontem, o início das negociações comerciais entre os dois países neste fim de semana.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. Os governos da China e dos Estados Unidos confirmaram o início das negociações comerciais entre os dois países neste fim de semana, quando o secretário do Tesouro, Scott Bessent, viajará à Suíça para um encontro com o vice primeiro-ministro chinês, He Lifeng. A notícia – que impulsionou os futuros de NY – coincide na superquarta das decisões de política monetária do Fomc, e no mesmo dia em que Pequim cortou o juro para ajudar a economia afetada por tarifas. Não deve mudar as expectativas de manutenção do juro americano, nem o discurso de Powell (15h30).
Na Europa, as bolsas operam em baixa, pressionadas por ações do setor farmacêutico, enquanto investidores analisam balanços corporativos e dados da região antes do anúncio de política monetária do Federal Reserve (Fed). O índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,37%, a 534,36 pontos. Apenas o subíndice da indústria farmacêutica tinha queda de 1%, ainda pressionada após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer na segunda-feira (05) que tarifas sobre produtos farmacêuticos serão anunciados nas “duas próximas semanas”.
A Novo Nordisk, porém, contrariava a tendência do setor após superar expectativas de lucro e vendas no primeiro trimestre; a ação da companhia farmacêutica dinamarquesa saltava 6% em Copenhague.
O tom negativo predomina na Europa apesar de notícias de que EUA e China se preparam para iniciar discussões tarifárias na Suíça e de dados melhores do que o esperado do varejo da zona do euro e de encomendas à indústria alemã.
Na Ásia, os mercados fecharam em sua maioria em alta, após EUA e China revelarem que planejam iniciar discussões comerciais na Suíça esta semana e o banco central chinês (PBoC) adotar uma série de medidas de estímulos para sustentar a atividade.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,80%, a 3.342,67 pontos, o Shenzhen Composto avançou 0,46%, a 1.967,81 pontos. O Hang Seng teve leve avanço de 0,13% em Hong Kong, a 22.681,88 pontos, o sul-coreano Kospi registrou ganho de 0,55% em Seul, a 2.537,80 pontos, ao voltar de dois dias de feriados, e o Taiex subiu 0,12% em Taiwan, a 20.546,49 pontos. O japonês Nikkei caiu 0,14% em Tóquio, a 36.779,66 pontos, também retomando negócios após dois dias de feriados.
O tom positivo predominou na Ásia após os governos dos EUA e China dizerem que enviarão autoridades para a Suíça para discutirem o impasse comercial nos próximos dias. O governo Trump impôs tarifas de 145% a importações chinesas. Em retaliação, Pequim aplicou tarifação de 125% a produtos dos EUA.Além disso, o PBoC anunciou cortes de juros e do compulsório bancário, entre outras medidas, para impulsionar a economia chinesa em meio a disputa comercial com Washington.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 60,19 (+1,86%).
O Brent é negociado a US$ 63,17 (+1,64%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 96.973,76 (-0,40%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.387,52 a onça-troy (-0,36%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,35%, a 708 iuanes (US$ 98,10).
Brasil:
Cadeiras: A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei complementar (PLP) que aumenta de 513 para 531 o número de vagas na Casa em razão do crescimento populacional. O texto mantém o tamanho das bancadas que perderiam representantes segundo o Censo de 2022. A mudança será a partir da legislatura de 2027. Vagas aumentam para Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina
Fraude INSS: Uma auditoria conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que aposentados e pensionistas do INSS têm sido afetados por descontos não autorizados em seus benefícios. Segundo o levantamento, realizado entre abril e julho de 2024, 24 das 31 entidades sindicais e associativas investigadas apresentaram mais de 90% de descontos não reconhecidos pelos segurados. Ao todo, 1.273 beneficiários foram entrevistados em todos os estados, e impressionantes 1.242 deles (97,6%) afirmaram nunca ter autorizado os descontos em folha. Além disso, 1.221 (95,9%) declararam não serem associados a nenhuma entidade.
Terroristas: O governo Lula rechaçou a sondagem feita pela administração Trump para categorizar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas do País, como organizações terroristas. A opção foi sugerida durante uma reunião na terça-feira, 6, em Brasília, entre autoridades do Brasil e uma comitiva liderada por David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções do Departamento de Estado americano. Servidores dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal participaram do lado brasileiro.
Gamble e sua comitiva também mencionaram que o FBI (a Polícia Federal americana) avalia que o PCC e o CV estão presentes em 12 estados americanos, como Nova York, Flórida, Nova Jersey, Massachussets, Connecticut e Tennessee. As duas facções têm usado o território americano para lavar dinheiro, por meio de brasileiros que viajam ao País, de acordo com membros da comitiva de Trump. Eles citaram que 113 brasileiros tiveram visto negado pela Embaixada dos Estados Unidos após terem sido identificadas como ligadas às quadrilhas.
Economia:
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Selic: O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciará nesta quarta-feira, a partir das 18h30, o novo valor da taxa básica de juro.
A Selic está atualmente em 14,25%, patamar equivalente ao registrado na crise econômica deflagrada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em agosto de 2016. Seja qual for a alta anunciada nesta quarta, a taxa básica atingirá o maior patamar desde agosto de 2006, quando o juro estava em 14,75%. A expectativa do mercado é de mais uma alta, ainda que em intensidade menor, o que colocará a Selic no maior patamar de juros desde 2006. Ou seja, o maior juro no Brasil em 19 anos.
Carrefour (CRFB3): O lucro líquido salta mais de 470% no primeiro trimestre do ano, ao passar para R$ 225 milhões contra R$ 39 milhões nos três primeiros meses do ano passado. Em termos ajustados, o lucro líquido trimestral deste ano foi de R$ 282 milhões contra R$ 52 milhões do 1TRI24, tendo uma elevação de 446%. As vendas líquidas da rede de hipermercados atingiram R$ 26,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, ao passo que no mesmo período do ano passado atingiram R$ 24,8 bilhões, perfazendo uma elevação de 5,1%. O ebitda ajustado da rede foi de R$ 1,470 bilhão ante R$ 1,418 bilhão do primeiro trimestre do ano passado. Isso resultou em uma elevação de 3,7%.
Banco Master: A Justiça do Distrito Federal concedeu liminar na terça-feira (6) para impedir a assinatura do contrato definitivo para compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), instituição financeira pública ligada ao governo do Distrito Federal. A decisão foi assinada pelo juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos, da 1ª Vara da Fazenda Pública, e atendeu ao pedido de liminar protocolado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Apesar de impedir a assinatura definitiva da compra, o juiz liberou a tramitação dos atos necessários e preparatórios para concretização do negócio. Os promotores afirmaram que a deliberação do Conselho de Administração do BRB que aprovou a compra sequer mencionou a operação com o Banco Master. Além disso, a decisão não foi tomada pela assembleia de acionistas. O MPDFT também alega que a negociação precisa ser aprovada pela Câmara Legislativa do DF.
Desde que foi anunciada a negociação para venda do Banco Master ao BRB, em 28 de março, a dívida da instituição financeira pode ter aumentado em até R$ 837 milhões — um reflexo direto das altas taxas prometidas aos investidores na emissão de CDBs. O cálculo, feito com base em uma taxa média de 130% do CDI e nos 25 dias úteis desde o anúncio, dá a dimensão da urgência que cerca a operação e do tamanho do risco que pode estar sendo transferido ao sistema financeiro.
Fusão Cogna e Yduqs: O BTG identifica ambiente propício para união das gigantes educacionais, mas alerta para barreiras como aprovação do Cade e questões financeiras em operação que transformaria o mercado educacional.
Pão de Açúcar: As ações do GPA desabaram na terça-feira, perdendo quase um terço do seu valor de mercado, em meio à análise do balanço do primeiro trimestre, bem como eleição de novos integrantes para o conselho de administração do varejista de alimentos dono da rede Pão de Açúcar.
Nubank: informou na terça-feira que convidou o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto para assumir os cargos de vice-chairman e chefe global de políticas públicas, e também para se tornar membro não independente do conselho de administração da instituição financeira. Segundo o Nubank, Campos Neto expressou intenção de aceitar o convite e assumir as posições em 1º de julho, quando encerra a quarentena de seis meses exigida para que ex-diretores do BC possam exercer atividades profissionais na iniciativa privada.
China manipula dados econômicos, afirma WSJ: O Wall Street Journal publicou investigação alegando manipulação sistemática dos dados econômicos chineses, aumentando dúvidas sobre a real situação da segunda maior economia mundial e complicando decisões de investidores globais.
Fonte: ADVFN
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