“O regime de Nicolás Maduro concretizou a transferência de mais de 700 presos políticos, detidos arbitrariamente após as eleições presidenciais de 28 de julho, que estavam em celas policiais em todo o território nacional e foram levados para as prisões de Tocuyito, em Carabobo, e Tocorón, Aragua”, disse o OVP em uma nota de imprensa.
As transferências ocorreram nos dias 25, 27 e 30 de agosto e “foram realizadas com muitas irregularidades, inclusive alguns sob engano, pois não avisaram a seus familiares. Muitos deles souberam quando foram levar a comida às delegacias policiais”, acrescentou a ONG.
No início de agosto, o mandatário afirmou que prepararia as prisões de Tocorón e Tocuyito, que estiveram por anos sob o controle de gangues criminosas, para encarcerar os detidos nos protestos.
Segundo o OVP, as autoridades não oferecem informações sobre os detidos. “Até o momento, nenhuma das pessoas transferidas nos dias anteriormente mencionados teve contato com seus familiares ou a designação de seus advogados de confiança.”
Do total de 2.400 detidos, cerca de 1.581 foram registrados como “presos políticos” pela ONG Foro Penal, que lidera a defesa dos encarcerados por motivos políticos no país. A organização, no entanto, continua recebendo denúncias e contabilizando casos.