Após as críticas infundadas do ditador Nicolás Maduro ao sistema brasileiro de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quarta-feira (24) que não vai mais enviar dois servidores para acompanhar as eleições na Venezuela.
“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, informou a assessoria do tribunal em nota divulgada nesta quarta-feira.
“A Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”, acrescentou o tribunal.
Conforme informou o GLOBO, as declarações de Maduro irritaram integrantes do Palácio do Planalto e assessores diplamáticos do governo Lula. Maduro afirmou que as eleições no Brasil são inauditáveis — o que não é verdade —, ecoando um discurso adotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governo Lula pressionou o TSE a enviar servidores para acompanhar in loco a tumultuada eleição presidencial na Venezuela deste domingo, segundo apurou a coluna com duas fontes que acompanham de perto as discussões.