“Nos primeiros 14 dias, por causa da covid, tive que ficar numa sala de quarentena, tinha que ficar 23 horas por dia no que eles chamam de buraco. Era um lugar destinado para presas indisciplinadas”, conta.
Priscila passou por cinco complexos prisionais até cumprir sua pena, e assim como ela, a maioria das encarceradas também era latina.
“Ficava muito quieta na minha, mas me chamavam de princesinha porque eu não fazia o padrão das pessoas presas. Eram mulheres grandonas, com dentes de ouro. Cheguei com unhas grandes e mega hair. Eu só chorava, chorei por 7 meses”, conta.
Com 1,54 m de altura, Priscila não conseguia impor o respeito pelo medo, mas encontrou uma forma de ser respeitada por seus talentos:
Me tornei chefe de cozinha. Seguia o cardápio deles, mas com meu tempero fazia tacos, arroz mexicano e frango grelhado. Com o tempo, os funcionários da prisão também apareciam na janela da cozinha me pedindo para fazer panquecas
Champanhe caro em liberdade e uma ‘vida mais barata’
Em 16 de novembro de 2023, a pena de Priscila acabou, a amiga a apanhou de carro no presídio e foram comemorar.