As declarações aparecem em processos de cobrança de dívida contra a igreja, aos quais a reportagem teve acesso.
A convergência dos patrimônios de Valdemiro, que já possuiu lanchas, mansões, carros e outras aeronaves, também aparece na investigação do avião importado.
O MPF detalha como diferentes empresas foram usadas para emitir notas fiscais pelos serviços prestados com o uso do avião, como contratação de pilotos e manutenção.
Na verdade, elas acobertavam “a identidade da entidade que efetivamente utilizava o jato em questão no Brasil e fora dele, denominada Igreja Mundial do Poder de Deus […] através de seu representante máximo, Valdemiro Santiago”.
O apóstolo fazia viagens com a esposa, Franciléia de Castro Oliveira, para destinos como Curaçao, no Caribe, Luanda, em Angola, e cidades dos Estados Unidos. Algumas viagens internacionais duraram até três dias.
“A aeronave era utilizada pelo apóstolo visando agilizar as viagens para cultos e pregação da palavra de Deus em vários países e estados. Referida aeronave não é mais utilizada pela igreja há muitos anos”, afirma o advogado de Valdemiro, Dennis Munhoz.