Com falta de peças, na maioria decorrente das inundações no Rio Grande do Sul, onde se concentra boa parte dos fornecedores do setor automotivo nacional e regional, os pátios das montadoras passaram a acumular carros incompletos.
Embora o mercado automotivo tenha crescido 14,6% no primeiro semestre, emplacando 1,144 milhão, as montadoras perderam terreno e não apenas para as importações em grande volume, lideradas pelos chineses.
Com mais de 30 mil carros incompletos, segundo o site Auto Indústria, a indústria nacional está com um grande prejuízo nas mãos, já que os veículos não podem ser liberados para a venda no mercado nacional ou no exterior.
Sendo para o mercado interno, três dias de vendas, conforme média diária de pouco mais de 10 mil carros, o Brasil poderia fechar qualquer mês com um bom resultado se estes carros fossem finalmente acabados.
Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, comentou: “Por causa das chuvas no Rio Grande do Sul, os fornecedores do Estado até hoje não conseguiram regularizar o abastecimento. São cerca de 20 mil a 30 mil veículos parados por falta de peças produzidas lá”.
Trata-se de um volume considerável num mercado que briga para manter a sustentabilidade diante da queda nas exportações e do enorme volume de carros importados que estão chegando.
A VW destacou que não sofre com falta de peças por trocar os fornecedores gaúchos por de outros estados rapidamente, evitando assim ter que produzir carros incompletos.
Sobre o crescimento nas vendas do mercado interno, a Anfavea é categórica a afirmar que a culpa é dos chineses. Lima Leite argumentou: “A questão é que boa parte desse crescimento vem sendo absorvida por veículos importados, em especial da China”.
Diante disso, a entidade pede a antecipação dos 35% de imposto de importação, a imposição de cotas de importação de 4.800 carros por ano e exclusão dos carros do Imposto Seletivo, conhecido como Imposto do Pecado.
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