Um dos incêndios florestais que devastam o Pantanal pode ter começado durante o manejo de abelhas em uma fazenda. A suspeita é da Polícia Civil de Corumbá que já está investigando o caso. Uma perícia técnica foi realizada e, nesta terça-feira (2), policiais visitaram a propriedade para ouvir testemunhas.
Além dessa fazenda, outros focos de incêndio estão sob investigação do Ministério Público Estadual e de uma força-tarefa da Polícia Federal. São os chamados pontos de ignição, ou seja, o locais onde um incêndio florestal pode ter começado.
Conforme a Polícia Civil, o suspeita começou no fim da semana passada. Um produtor rural tentou retirar mel de uma colmeia e usou fogo para manejar as abelhas, mas perdeu o controle das chamas.
O fogo atingiu outras três propriedades. Proprietários e trabalhadores, em um trabalho de extrema dificuldade que durou vários dias, conseguiram controlar o incêndio, fazendo aceiros, utilizando tratores e caminhões pipas, informou a Polícia Civil.
A perícia ainda não conseguiu determinar o tamanho total da área afetada pelo incêndio investigado. Isto porque os focos continuam ativos na região. Após tomar conhecimento desse crime, a polícia requisitou perícia de local. Peritos criminais estiveram na fazenda para tentar identificar o ponto inicial do incêndio e a dimensão.
Provocar incêndios em matas e florestas é uma infração e crime ambiental. A pessoa responsável pode ser multada e presa, com pena de até cinco anos de reclusão.
Força-tarefa
Uma força-tarefa está em campo auxiliando os combates aos incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense. Coordenados pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, militares e brigadistas estão combatendo as chamas que queimam a região pantaneira há mais de três meses. Equipe da Força Nacional também está no local.