O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira, que a Operação Lava-Jato, cujos desdobramentos o levaram para a cadeia em 2018, queria, na verdade, “desmontar” e privatizar a Petrobras, maior empresa do país. Recorrente nos discursos do petista sobre a operação, o argumento foi reforçado em mais de um momento durante a posse da nova presidente da estatal, Magda Chambriad.
— A operação Lava-Jato na verdade mirava o desmonte e a privatização da Petrobras. O que fizeram foi tentar destruir a imagem da empresa, e a imagem vale tanto quanto o produto — disse. — A quantidade de mentiras que se contou sobre essa empresa, que o Brasil recebia 24 horas por dia… E o mais grave é que não tem volta. O Getúlio Vargas morreu porque fizeram uma denúncia de corrupção contra ele, e, depois que se matou, nunca se provou nada. Nunca.
Ao analisar sua volta à Presidência, Lula retomou o tema:
— A farsa que sustentou a Lava-Jato foi desmontada, e aqui estamos de volta para reconstruir a Petrobras e o Brasil.
Depois de falar sobre a descoberta do pré-sal enquanto esperança para o futuro do Brasil, Lula pontuou que “teve um terremoto neste país, ou uma praga de gafanhoto, que veio para destruir aquilo que era um sonho do povo brasileiro”, em referência ao governo de Jair Bolsonaro, seu principal adversário político.
A engenheira Magda Chambriard sucede na empresa o ex-senador petista Jean Paul Prates, demitido após entrar em rota de colisão com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
— Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão do nosso presidente Lula e do governo federal, afinal, eles são os nossos acionistas majoritários — frisou a nova chefe da estatal.