A vice-presidente Kamala Harris aceitou a nomeação para disputar a Casa Branca no último dia de Convenção Nacional do Partido Democrata. Com discurso contundente, ela lembrou da origem na classe média, eleitorado que será decisivo, e se contrapôs a Donald Trump.
“Essa é a eleição mais importante da história dos Estados Unidos. De muitas maneiras, Donald Trump não é um homem sério. Mas as consequências de colocá-lo na Casa Branca de novo são muito graves. Considerem não apenas o caos de quando ele estava no cargo, mas a gravidade do que aconteceu quando ele perdeu”, disse referindo-se ao ataque ao Capitólio.
“Imaginem Donald Trump sem freio nenhum. E como ele usaria o poder imenso da presidência dos EUA. Não para melhorar a sua vida, ou para aumentar nossa segurança, mas para servir o único cliente que ele sempre teve: ele mesmo”, seguiu Kamala Harris, que descreveu a eleição como uma oportunidade de “superar o passado”.
Assim como o seu candidato a vice-presidente Tim Walz, que discursou na noite anterior, ela fez menção ao “Projeto 2025″. O plano para um eventual governo conservador foi elaborado por aliados de Donald Trump, que agora tenta se desvencilhar do documento. “Nós sabemos como será o segundo mandato. Está tudo no Projeto 2025. Ele quer nos levar de volta ao passado. Mas nós não vamos retroceder”, declarou
Além de Kamala, discursaram esta noite a senadora Elizabeth Warren, que disputou a nomeação com Joe Biden na última eleição, e alguns dos nomes que foram cotados como candidatos a vice-presidente este ano. Froam eles: o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, e o senador do Arizona Mark Kelly.
A ex-deputada Gabby Giffords, que é casada com Kelly, também discursou esta noite. Ela, que é sobrevivente de um ataque a tiros, e a deputada Lucy McBath, que perdeu o filho baleado, abordaram a violência armada nos Estados Unidos.
Outro destaque foi a presença do ex-deputado Adam Kinzinger, republicano que rompeu com Trump após o ataque ao Capitólio. Antes dele, outros antigos aliados e eleitores passaram por Chicago para declarar apoio a Kamala Harris, incluindo Stephanie Grisham e Olivia Troye, ex-secretária de comunicação e ex-assessora de segurança nacional do governo Donald Trump, respectivamente.