Pelas contas da Receita Federal, o impacto é de 0,53 ponto porcentual, o que levaria a alíquota do IBS de 26,5% para 27,03% – uma das mais altas do mundo. Já Associação Brasileira de Supermercados chega num número bem diferente: 0,2 ponto porcentual.
A confusão é tamanha que o grupo de trabalho encarregado da reforma tributária convidou um técnico da Receita Federal para explicar a metodologia do cálculo aos deputados.
Na saída da reunião, o deputado Reginaldo Lopes (PT) explicou aos jornalistas que a diferença de percentual pode ocorrer, porque a Receita Federal calcula não apenas o impacto no preço final, mas também os créditos gerados ao longo da cadeia, já que o sistema é não cumulativo.
Na reunião, Haddad defendeu o “cashback“, que devolve recursos aos mais pobres ao invés de desonerar a carne. Vale lembrar que a desoneração zeraria os tributos para todos os consumidores, inclusive os mais ricos.
Já Lira argumentou que estava agindo contra seus próprios interesses, porque era pecuarista e próximo da bancada do agronegócio.
Segundo apurou a coluna, algumas lideranças saíram convencidas do cálculo da Receita Federal e dispostas a manter o texto como está, enquanto outras ainda tem dúvidas.