Pelo acordo resultante durante as negociações da recuperação judicial, R$ 24 bilhões seriam injetados na companhia – R$ 12 bi dos acionistas de referência e R$ 12 bi de credores, convertendo créditos a receber em ações.
Os principais credores são bancos. Ainda de acordo com informações públicas do processo de recuperação judicial, a varejista devia quase R$ 20 bilhões aos maiores bancos do país – Bradesco (R$ 5,1 bi), Santander (R$ 3,6 bi), BTG Pactual (R$ 3,5 bi), Itaú Unibanco (2,7 bi), Safra (R$ 2,5 bi), Banco do Brasil (R$ 1,6 bi) e Caixa (R$ 500 milhões).
Fruto das negociações no processo de recuperação judicial, a nova composição acionária foi anunciada no momento em que a Polícia Federal avança nas investigações sobre a fraude corporativa na varejista.
Na semana passada, a PF deflagrou uma operação tendo como alvos o ex-CEO Miguel Gutiérrez e a ex-diretora financeira Anna Saicali. A operação tinha como base as delações de dois ex-diretores, que detalharam fraudes para ocultar dívidas dos balanços. Nas versões dos delatores, Gutiérrez liderou o esquema e escondeu-o do conselho de administração.