O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou nesta quarta-feira durante uma visita a Washington que o seu país não quer uma guerra no Líbano, mas pode devolver o país à “Idade da Pedra” se a diplomacia falhar. Os receios de uma guerra no país aumentaram nas últimas semanas, à medida que as hostilidades entre Israel e o Hezbollah se intensificam.
— Não queremos entrar em uma guerra porque não é bom para Israel. Temos a capacidade de devolver o Líbano à Idade da Pedra, mas não queremos fazê-lo — assegurou à imprensa no último dia da sua visita aos Estados Unidos. — Não queremos guerra, mas estamos nos preparando para qualquer cenário. O Hezbollah entende muito bem que podemos infligir danos massivos ao Líbano se uma guerra começar.
Escola da ONU, em Gaza, é bombardeada por Israel; Veja fotos
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava “uma base” do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos.
Gallant acrescentou que Israel matou mais de 400 “terroristas” do movimento apoiado pelo Irã nos últimos meses. Ambos os lados têm disparado regularmente projéteis um contra o outro através da fronteira desde que o ataque de 7 de outubro do Hamas, aliado do Hezbollah, ao sul de Israel desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa israelense disse anteriormente que tinha feito “progressos significativos” no envio de armas dos EUA a Israel para a sua campanha militar no devastado território palestino.
— Os obstáculos foram removidos e os gargalos foram resolvidos — disse ele. — Gostaria de agradecer à administração americana e à opinião pública pelo seu apoio contínuo ao Estado de Israel — disse ele após se reunir com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden.
Situação humanitária em Rafah: Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que Israel interrompa “imediatamente” ataques terrestres à cidade
Os juízes da corte citaram a “desastrosa” situação humanitária no enclave, afirmando que a ofensiva israelense e quaisquer atos que possam causar a destruição total ou parcial dos palestinos devem cessar.
Durante sua estadia na capital americana, ele também conversou com o secretário de Estado, Antony Blinken, e com o secretário de Defesa, Lloyd Austin. Nos últimos dias, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou publicamente o governo dos EUA de atrasar a entrega de armas a Israel.
Washington insistiu que apenas um carregamento de bombas foi adiado por receio de que fossem utilizadas em áreas povoadas, e que os outros continuam no seu curso normal. Gallant não deu mais detalhes sobre o progresso nem esclareceu se o governo Biden concordou em aumentar o envio de armas ou se deu explicações.