Naquela que deve ser uma das maiores transações imobiliárias já feitas no Rio, o BTG Pactual está comprando o Ilha Pura, bairro planejado construído pela Carvalho Hosken na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e que foi a Vila Olímpica nos Jogos de 2016, apurou a coluna.
O banco de André Esteves — que se envolveu pessoalmente na transação — está absorvendo os sete condomínios de apartamentos já erguidos no empreendimento, que chegou ao mercado no momento mais crítico da crise pós-Lava Jato e teve um lançamento difícil. Hoje, apenas três dos sete condomínios foram lançados e estão parcialmente habitados, enquanto os outros quatro ainda não têm nem sequer “habite-se” da prefeitura.
A Carvalho Hosken está se desfazendo de um ativo que acabou pesando por anos em seu balanço e ainda representa um passivo bilionário junto à Caixa Econômica, enquanto o BTG vai absorver um estoque de 3,6 mil apartamentos e Valor Geral de Vendas (VGV) estimados em mais de R$ 5 bilhões por fontes de mercado.
Fontes a par da transação estimam que o BTG tenha obtido um desconto da ordem de 40% no metro quadrado na transação, com o plano de fazer um “relançamento” num futuro próximo.
Embora vá se desfazer dos empreendimentos já erguidos, a Carvalho Hosken vai manter o estoque de terrenos vazios no entorno do Ilha Pura para eventual desenvolvimento futuro.