“Declaro também, para os devidos fins de direito e sob as penas da lei, que concedo, por livre e espontânea vontade, à Igreja Universal do Reino de Deus na pessoa de seus oficiais (Bispos e Pastores), o acesso aos extratos das minhas contas correntes bancárias (ativas ou não) e aos extratos das minhas contas poupança – caso existam (ativas ou não), bem como às faturas dos meus cartões de crédito (ativos ou não) dos últimos dois anos, contados a partir da assinatura desta declaração”, afirma-se no documento obtido, com exclusividade, pelo UOL.
O documento ainda prevê que a Universal colete todos os dados pessoais dos pastores “para que possa armazenar, acessar, consultar, avaliar, controlar e utilizar todos esses Dados Pessoais em seus servidores e arquivos, de forma a possibilitar a tomada de decisões pela IURD [Universal] acerca da minha atuação como Ministro Religioso.”
E em um trecho seguinte, os pastores dão consentimento para que a Universal “colete, armazene e realize outras operações de tratamento com determinados dados pessoais sensíveis referentes a mim, especialmente informações relacionadas à minha convicção religiosa, à minha filiação a organizações de caráter religioso e às minhas experiências e atividades religiosas e espirituais, especialmente aquelas realizadas no âmbito da minha relação com a IURD (“Dados Pessoais Sensíveis”).”
Procurada para se pronunciar, a Igreja Universal não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem. Em vez disso, uma assessora enviou como resposta um versículo 11 do capítulo 5 do livro do Evangelho segundo Lucas, do Novo Testamento da Bíblia.
“E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e O seguiram.”