Está mantida a absolvição do empresário Fahd Jamil, seu filho Flávio Georges e o delegado Márcio Shiro Obara, investigados na Operação Omertà – deflagrada para apurar crimes de organização criminosa e formação de milícia, extorsão, posse e porte ilegal de armas, jogos de azar e outros conexos a essas atividades ilícitas. A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Por unanimidade, foi negado o pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que acusava o delegado de receber dinheiro para obstruir as investigações de homicídios e livrar os supostos chefes das organizações criminosas de Jamil Name e Fahd Jamil.
O relator, desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, o revisor, desembargador José Ale Ahmad Netto, e o ex-presidente do TJMS, desembargador Carlos Eduardo Contar, julgaram improcedente a denúncia de corrupção passiva e obstrução da investigação.
O Gaeco insistiu de que há provas dos crimes de corrupção ativa e obstrução de Justiça em relação às execuções do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, sargento da PM Ilson Martins Figueiredo, de Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, e do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva.
Pela acusação, o delegado teria recebido dinheiro para sumir com provas dos crimes e atrapalhar as investigações. Obara chegou a ser preso na Operação Omertà e afastado das funções na Polícia Civil.
“O TJ confirmou o que é justo e correto. Fahd Jamil não teve qualquer envolvimento criminoso em mais esse processo”, pontuaram, em nota, os advogados André Borges e Gustavo Badaró.